Cumplicidade (explicita) no amor…
09 de Novembro, 2019
Sempre fui um pensador emotivo, um lírico sonhador, uma pessoa que sente tudo à flor da pele e que arrepia facilmente em comoções interiores.
Sou um apaixonado pela vida, mas muito mais apaixonado por ti, linda deusa mulher.
Tu és a contemplação de todos os meus sentidos apurados, és uma dádiva do céu e sempre te coloquei no altar do endeusamento.
Entraste na minha vida pela porta do coração, alteraste o cenário rotineiro numa montanha de sensações únicas, onde bebemos suores e brindamos com orgasmos.
Sou um romântico que ama navegar em beijos soprados pelo frenesim das línguas, um louco perdido na arte de amar e tu transformaste o nosso palco num verdadeiro paraíso para amar.
A nossa relação são cânticos de poesias nas serenatas, são melodias de notas musicais tocadas pela orquestra de mil instrumentos carregados de cumplicidade e romance.
O nosso quarto é a fortaleza da relação, é o ninho das vibrações é onde os corações se abraçam em palpitações frenéticas.
Foi decorado com vários alvos nas paredes e no teto e sempre que entramos ficamos famintos para transgressões na liberdade e jogamos com as setas do cupido.
Todas elas têm uma expressão neste jogo aleatório: secretismo, confissão, submissão, devaneio, idolatração, entre muitas outras.
Entramos, fazemos os raio-x às nossas almas e num emaranhado de abraços, ficamos na nudez para cultivar o amor próprio na reciprocidade das energias loucas das hormonas.
As setas fantasiam a nossa paixão imortal e sorteiam as palavras para hoje: estímulo, envolvência, suspiro e libertinagem.
Damos corda às asas da cama para voar sem limites, viramos o colchão do avesso para as explosões em festa e sem rodeios começamos a degustar cada recanto do corpo, cada viscosidade da pele. Amas ser saciada com requinte, com torturas de prazer e adoro sentir-me um incurável na satisfação do desejo e a entrega é brutal.
Arquitetamos excitações, dilúvios de beijos na alma com o cio desmedido, loucuras afrodisíacas e o bailado erótico nas carícias genitais, abrem o batismo para a devassidão dos nossos santuários.
A tua boca, os lábios, a língua, são devotos ao prepúcio. Lambes, abocanhas e percorres lentamente até deixares a minha respiração ficar suspensa. O clima fermenta, somos intensos e nas corridas da saliva deixo marcas profundas nos teus seios, traço linhas retas pela coluna vertebral e presenteio o clitóris e o esfíncter com tremores agitados no teu revirar dos olhos.
Iniciamos apropriações do corpo até lamber a alma com penetrações arrebatadoras pelos labirintos mais profundos da vagina, ovacionados pelos gritos, gemidos e urros intermináveis.
Os delírios não param e abres as pétalas do ânus ao banquete do falo, que entranha de forma heroica ejaculações extasiadas.
As agitações corporais ficam banhadas com os líquidos dos orgasmos, deixamos as bocas fundirem em ósculos tântricos e adormecemos com sussurros mútuos: amo-te.
Respeite os direitos de autor.
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