Inocência intemporal do amor...
18 de Setembro, 2018
Meninice no seu estado mais puro da simplicidade e da ingenuidade, em que tudo é encenado de moralidade e pureza, como se fosse uma fábula ou contos de fadas, em que não existem reflexões impuras, mas apenas verdades impingidas pelos adultos ou pela sociedade prisioneira do Estado Novo.
De lousa na mão, no seu formato retangular, feita em pedra preta sem qualquer software incluído, nem ecrã tátil, apenas consigo transpor nela os pensamentos ou desejos através do riscar branco do giz.
Tempos crescentes com evoluções extremamente vagarosas, da sebenta sem linhas, dos cadernos clonados no formato, na cor e nas linhas corridas, fabricava em todos nós um mundo igual, todo ele construído em semelhanças reais espelhadas.
Uma folha em branco para desenhar, pintar ou idealizar uma declaração tímida de amor à menina de tranças deslumbrantes, altamente pessoal e na timidez vivida dentro de uma pequena caixa na forma como o mundo se apresenta, todo ele pequeno, limitado e acanhado.
Uma folha de papel azul de vinte e cinco linhas, ou papel selado, um papel com história digna de qualquer museu, servia de base a todos os documentos oficiais, certidões, escrituras, servindo também para cobrança de impostos, à sua possível contabilização, originando até a expressão ainda hoje utilizada de "saco azul".
Perdido nestes pequenos "mas's" da minha memória de enormes pormenores pela forma de sentir e apreciar tudo como se fossem grandiosos palácios de sonhos, mas que na realidade eram apenas pequeninas coisas de papel.
Quadriculado, na folha do caderno, diferente pelas linhas paralelas e perpendiculares, diferenciado do normal no olhar abismado e por vezes pasmado, pelo pensamento e pela curiosidade na sua criação.
Foi inspirado na diferença, nas divergências, na liberdade de poder sonhar para além desse mundo formatado que teimava fazer de mim apenas mais um, mas que pela força dos cravos abriu um mundo novo diferenciado.
Associado ao quadriculado nas folhas, nos números das contas simples até às equações trigonométricas, em que dois mais dois são quatro, mas dois menos dois são zero em qualquer localização, mas todos elas feitas por cálculos mentais baseados em raciocínios rápidos, sem as teclas das sofisticadas máquinas dos dias de hoje.
Como um doente em estado vegetativo contínuo ligado às máquinas da sobrevivência, todo o meu o corpo, o meu ser e a minha sabedoria fica e está ligada aos números.
Mas das teorias às práticas, das certezas às incertezas, das verdades às inverdades, é nas explosões Big Bang que nada se cria mas tudo se transforma nas possibilidades dos impossíveis, que o doente vegetativo retorna à vida normal e eu.....pois eu, um ser sensível, romântico, passo a semear as sementes das palavras no coração de todos vocês.
É da lousa estática, fria e pessoal que altero para o iPad dinâmico, das amizades globais e assim semeio e rego a distribuição de sonhos, de momentos de felicidade na criação de desejos virtuais, mas sempre partilhados na respeitabilidade do AMOR intemporal.
Respeite os direitos autoriais
De lousa na mão, no seu formato retangular, feita em pedra preta sem qualquer software incluído, nem ecrã tátil, apenas consigo transpor nela os pensamentos ou desejos através do riscar branco do giz.
Tempos crescentes com evoluções extremamente vagarosas, da sebenta sem linhas, dos cadernos clonados no formato, na cor e nas linhas corridas, fabricava em todos nós um mundo igual, todo ele construído em semelhanças reais espelhadas.
Uma folha em branco para desenhar, pintar ou idealizar uma declaração tímida de amor à menina de tranças deslumbrantes, altamente pessoal e na timidez vivida dentro de uma pequena caixa na forma como o mundo se apresenta, todo ele pequeno, limitado e acanhado.
Uma folha de papel azul de vinte e cinco linhas, ou papel selado, um papel com história digna de qualquer museu, servia de base a todos os documentos oficiais, certidões, escrituras, servindo também para cobrança de impostos, à sua possível contabilização, originando até a expressão ainda hoje utilizada de "saco azul".
Perdido nestes pequenos "mas's" da minha memória de enormes pormenores pela forma de sentir e apreciar tudo como se fossem grandiosos palácios de sonhos, mas que na realidade eram apenas pequeninas coisas de papel.
Quadriculado, na folha do caderno, diferente pelas linhas paralelas e perpendiculares, diferenciado do normal no olhar abismado e por vezes pasmado, pelo pensamento e pela curiosidade na sua criação.
Foi inspirado na diferença, nas divergências, na liberdade de poder sonhar para além desse mundo formatado que teimava fazer de mim apenas mais um, mas que pela força dos cravos abriu um mundo novo diferenciado.
Associado ao quadriculado nas folhas, nos números das contas simples até às equações trigonométricas, em que dois mais dois são quatro, mas dois menos dois são zero em qualquer localização, mas todos elas feitas por cálculos mentais baseados em raciocínios rápidos, sem as teclas das sofisticadas máquinas dos dias de hoje.
Como um doente em estado vegetativo contínuo ligado às máquinas da sobrevivência, todo o meu o corpo, o meu ser e a minha sabedoria fica e está ligada aos números.
Mas das teorias às práticas, das certezas às incertezas, das verdades às inverdades, é nas explosões Big Bang que nada se cria mas tudo se transforma nas possibilidades dos impossíveis, que o doente vegetativo retorna à vida normal e eu.....pois eu, um ser sensível, romântico, passo a semear as sementes das palavras no coração de todos vocês.
É da lousa estática, fria e pessoal que altero para o iPad dinâmico, das amizades globais e assim semeio e rego a distribuição de sonhos, de momentos de felicidade na criação de desejos virtuais, mas sempre partilhados na respeitabilidade do AMOR intemporal.
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