Monólogo em chamas...
13 de Agosto, 2020
Atiro ao vento sílabas eróticas, vícios privados carregados de malícia, olhares que se encandeiam.
São pensamentos sem destreza na mente, indiferente ao perfecionismo das palavras, apenas fascinado pela coreografia.
São pensamentos sem destreza na mente, indiferente ao perfecionismo das palavras, apenas fascinado pela coreografia.
Imagino-te atraente, de inusitada beleza, corpo divino, uma carta aberta às heresias.
Vagueio com nobreza, saqueio trajado de fanático, numa praxe em catadupa aos raciocínios.
Dádivas das emoções imorais e fortes tentações.
Dádivas das emoções imorais e fortes tentações.
O desejo é sempre escaldante!
Os dedos promíscuos, obstinados, em chantagens indignas, invasores da boca, que chupas exibindo mestria.
Um rebuliço de espasmos na envolvência dos corpos e venerações sem preconceitos.
Os dedos promíscuos, obstinados, em chantagens indignas, invasores da boca, que chupas exibindo mestria.
Um rebuliço de espasmos na envolvência dos corpos e venerações sem preconceitos.
As velas?
Estão ali, com a chama bem viva!
O aroma?
A maça. Não é um luxo requintado, apenas apimenta pecados idílicos.
Não existem testemunhas, neste tráfico de salivas, de beijos empolgados.
Os seios excitados, imaculados, potentes de bicos que não pedem clemência.
Redemoinhos sôfregos nos lábios, que deslizam.
Alicias, prometes rebeldia, de boca fumegante, trincas na orelha, provocam rubores no pescoço.
O pincelar dos dedos deixa toxinas na pele sem limites.
Sensações únicas destas mãos viciadas, humedecidas, que escorregam suavemente.
Tocam a sexualidade sagrada, um labirinto aberto deste zeloso timoneiro.
Sinto, é ele!
O clitóris.
Os seios excitados, imaculados, potentes de bicos que não pedem clemência.
Redemoinhos sôfregos nos lábios, que deslizam.
Alicias, prometes rebeldia, de boca fumegante, trincas na orelha, provocam rubores no pescoço.
O pincelar dos dedos deixa toxinas na pele sem limites.
Sensações únicas destas mãos viciadas, humedecidas, que escorregam suavemente.
Tocam a sexualidade sagrada, um labirinto aberto deste zeloso timoneiro.
Sinto, é ele!
O clitóris.
Um ninho vibratório.
Pergunto, pelos gritos?
Ouço, tímidos gemidos ao longe neste jogo poético.
São dois, o indicador, o médio, que massajam, um abuso que corta respirações, na boca gananciosa.
Chupadelas impregnadas de néctar, escravizam sem limites e preconiza sempre mais.
Renascida, ávida, suplicas, instigas arfares perpétuos, castigos de fúrias diabólicas.
Chupadelas impregnadas de néctar, escravizam sem limites e preconiza sempre mais.
Renascida, ávida, suplicas, instigas arfares perpétuos, castigos de fúrias diabólicas.
Molhada?
Está!
Eu sinto, escorrega sem pudor, é o pénis, com charme, neste silêncio estranho, sem tabus, que invade este palco que se abre, aos artistas enlouquecidos e pervertidos na fornicação.
Eu sinto, escorrega sem pudor, é o pénis, com charme, neste silêncio estranho, sem tabus, que invade este palco que se abre, aos artistas enlouquecidos e pervertidos na fornicação.
Suores, odores, berros, contínuas estocadas destravadas, esmeradas na entrega, sem secretismos a bombear gasolina nos fósforos explosivos.
Frios, arrepios, suspiros, as labaredas se tocam, queimam, mãos que deambulam, unhas que se cravam nas costas opostas, numa excursão de cios em histeria.
Frios, arrepios, suspiros, as labaredas se tocam, queimam, mãos que deambulam, unhas que se cravam nas costas opostas, numa excursão de cios em histeria.
Os deuses?
Não sei, estavam a aqui ao lado, coraram e nas vergonhas fugiram imolados em adrenalina.
Os sexos?
Esses gladiam-se, em batalhas virtuosas, a dois, sem perdão, numa luta de titãs.
Ele ereto, tenso, duro, estonteante.
Ela aberta, vulcânica, encharcada.
Faminto, aclama o Criador:
Porque esperamos?
Ele ereto, tenso, duro, estonteante.
Ela aberta, vulcânica, encharcada.
Faminto, aclama o Criador:
Porque esperamos?
Amamos, é irresistível, extremos que se tocam neste paraíso.
Deixamos estar, retardamos orgasmos, vociferas, dá-me, dá-me mais, bate forte, rasga-me, sem piedade.
Audazes, imponentes penetrações, cortantes, vestidas de devaneios, nas marradas infindáveis da glande.
Deixamos estar, retardamos orgasmos, vociferas, dá-me, dá-me mais, bate forte, rasga-me, sem piedade.
Audazes, imponentes penetrações, cortantes, vestidas de devaneios, nas marradas infindáveis da glande.
Enfeitiçados, o amor é livre, superamos punições, fétiches, pornografias, submissões, torturas de prazeres sublimes.
Os olhos revirados, é o diabo que espreita, vozes que chamam, em redor do calor do inferno.
São tochas que queimam, sémen que escorre na nudez, lavas que se entranham nos poros.
Orgasmos, dilúvios de orgasmos, overdoses de orgasmos, honras de identidade seladas.
São tochas que queimam, sémen que escorre na nudez, lavas que se entranham nos poros.
Orgasmos, dilúvios de orgasmos, overdoses de orgasmos, honras de identidade seladas.
Deste lado apenas um monólogo.
E desse, em chamas?
Respeita os direitos de autor.
E desse, em chamas?
Respeita os direitos de autor.