Películas para adultos…

Películas para adultos…

Tudo elaborado com criatividade pelas alucinações mais mirabolantes e enlouquecidas de forma a cultivar no subconsciente humano os fétiches nas emoções neurastenias. 
Decorações burlescas, com cores arquitetadas nos fornos do inferno, com luzes incandescentes pelas fogueiras da lava ardente e aromas saídos dos laboratórios nas provetas dos alquimistas.
Cada pormenor é precioso na perfeição, para remexer até com os silêncios dos daltónicos, ou com a sensibilidade dos autistas.
Cenários principescos nas luzes das cenas intensas e nas objetivas dos zooms das máquinas de filmar, até à partícula mais ínfima da minúcia ideação.
Os pecados estão abertos nesta estrada de fogo para prazeres estonteantes da representação, com gritos em chamas, com polícias vestidos e despidos de delitos e de másculos machos embriagados pelas almas excitadas.
Elas de cabelo dourado, lábios com cores do deboche, olhares ferozes sem pudores e sem medo das liberdades. As peles maquilhadas e luzidias, as pernas escancaradas nas inúmeras acrobacias escachadas das coxas serpenteantes.
Os dialetos trocados são de vícios da ribalta, com gemidos e gritos da biblioteca pornográfica, conforme o fervor nas artérias, provocados pelos turbilhões de tesões dos espíritos do regabofe.
Os banhos de suores enlouquecidos nas águas, são perfumados pelos odores que tresandam a sexo e os dedos trateadores carregam nos toques genitais a fé da excitação das meticulosas loucuras. Objetos incomuns e bizarros deliciam gozos nos orifícios da carne, as ejaculações banham os rostos depravados e inundam as bocas salivadas.
As ações loucas são produzidas numa espiral de sexo ousado sem limites no deslizar da arte de fornicar contínuo, sem os compulsivos preliminares e sempre na surdez de sentimentos.
Parecem cães primitivos, com urros moribundos do prazer disfarçado, nas vitórias triunfantes seguidas de orgasmos derramados nas bocas viciadas, pelos intensos arrepios de tesão.
Os gestos são masturbantes nos grandes ângulos da filmagem, nos pormenores das veias salientes, dos lábios de poucas palavras, mas com as bocas em mamadas incessantes e profundas até engasgar.
Na película fica tudo registado, para depois podermos deliciar e contemplar o nosso imaginário instinto sexual que tentaremos imitar as pegadas de exageros dentro das nossas paredes e com as janelas a ecoar as vozes dos nossos gemidos.
Um mundo do espetáculo adulto, com palcos de entusiasmos em bolas de fogos nos clitóris, na glande e nos orifícios da jubilação.
O guião são as tábuas dos mandamentos do kamasutra, mas com variantes de penetrações impensáveis e diversas nas lutas desiguais à vista desarmada pelos múltiplos atores de sexos opostos.    
Em cada personagem uma representação, um papel sem corar, sem timidez, sem constrangimentos e ao mais ínfimo detalhe, apenas parado pelo grito do realizador:
Corta!

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