Abraçar a felicidade...
15 de Dezembro, 2024
Somos duas almas gémeas e mesmo sem nos ver-nos, sabemos comunicar pelo verbo, sentir. Quando um não está bem, o outro sente e tenta ser o ombro amigo, o colo quente que abafa as lágrimas e faz esquecer as tristezas, até trazer de volta o brilho do sorriso.
Os tempos estão cinzentos, parece que vivemos histórias em que a sina são sinais de rapinanço da felicidade, por isso partimos os espelhos das lamentações dos lamechas e demos asas à vida para reformatar paixões.
Estava enfastiado de ser o personagem tontinho no palco a aplaudir as memórias esquecidas e tu de seres o fontanário dos maus olhados alheiros.
Fartos de sermos uns árabes perdidos no deserto, aproveitamos a porta aberta da paixão e seguimos rumo ao altar do paraíso.
Com o sol a pôr-se, com os cabelos a esvoaçar ao vento, de sorrisos cativantes, a cantar hosanas nas alturas, palmilhamos léguas numa correria até à meta imaginária. Abençoados pelas borboletas azuis, de mãos dadas e com o cheiro a rosas perfumadas, viajamos descalços pela pradaria a espalhar melodias do coração.
Uma nova vida, novos momentos de calmaria, sem estarmos constantemente atrapalhados, inseguros, a dar tiros nos pés com palavras enigmáticas e anedotas despropositadas.
Agora queremos sentir lado a lado, os corações a pingar gestos de ternura e enquanto cantamos aleluias, libertamos poemas de amor ao vento.
Fomos feitos um para o outro, somos dois loucos na arte de amar e bem se diz, que a alma é algo que oferece os sentimentos para preencher um livro de páginas infinitas.
Para saber onde está o mel, basta seguir as formigas e para sabermos ser felizes, basta abraçar a felicidade.
Respeite os direitos de autor.
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