Baloiço do equilíbrio emocional...

Baloiço do equilíbrio emocional...

Desde muito cedo na infância de qualquer criança ouvimos a palavra baloiço, que na sua mente e imaginação pueril é sempre associado ao prazer de brincar numa cadeira voadora, sempre limitada pelas cordas ou pelas correntes.
Todos nós nos lembramos daquela espera pela nossa vez de poder ter a posse do baloiço no parque infantil, ou ter na árvore do quintal uma corda pendurada, com uma simples tábua ou um pneu para sentar nosso traseiro e baloiçar e baloiçar sem fim.
A alegria sempre estampada no rosto pelo sorriso aberto de felicidade, sempre que o baloiço levava o corpo atrás e depois à frente, sentindo na face e nos cabelos o cortar do ar fresco, consoante os movimentos aumentavam de velocidade.
Era nos momentos desta dança baloiçada que nos sentíamos abstraídos pela fantasia e nos deixávamos levar pelo momento mágico de um simples embalo.
Sempre havia algum miudo, mais espigadote e aventureiro que não se continha em fazer malabarismos, em liberdades ilusórias, que gritavam de euforia, mas que por vezes saía do alinhamento e se aleijava e provocava mazelas corporais, mas que continha as lágrimas de dor e feito valente facilmente se esquecia e se agarrava de novo, pronto para mais uma negra ou pisadura.
Hoje neste paradoxo de meditação no baloiçar da alma, facilmente percebo que existem vários baloiços que na vida e nos meus percursos se tornam peças chave, na maioria das vezes apenas abstratas, mas que no baloiçar da felicidade e na parte sentimental das minhas relações interpessoais, são extremamente relevantes.
É neste saltitar de idades que mudo a focagem do objecto material da tábua ou pneu e tiro partido na intriga dos meus cinco sentidos apurados e absorvo e desgasto as energias através do baloiço da partilha romântica levado pelas interferências hormonais nos laços de afeto por ti.
É nesta minha e tua tranquilidade de paz interior que encontramos o discernimento despertado entre nós pela química, como se ela fosse uma porção divina e nos envolvemos nos impulsos dos raciocínios por vezes ilógicos do amor.
Em determinadas ocasiões feito de lágrimas de tristezas mas outras de pura alegria, que mesmo pelas pressões constantes das tormentas, somos capazes de nos unir e fortalecer resguardados pelas muralhas que apenas existem nas nossas mentes analíticas e sãs.
Na termodinâmica do encontro nos limites entre o mar e o céu, é no espelhar da transparência de nossos corações que o sol ilumina a sua luz mesmo entre as nuvens por vezes assombradoras, mas que fortalecidos constantemente a cada segundo de forma sólida e intensa nossos beijos reluzem de forma planetária.
E é nessa entrega possante, nesse compromisso de compartilhar os momentos na reciprocidade a dois, que mesmo nas sombras da luz, nos momentos de fragilidade como se fossem cristais muito próximos de estilhaçar, nos equilibramos envoltos de uma grandiosa fé inabalável, construída com humildade e sabedoria e damos as mãos e fundimos nossos corações nos momentos idílicos de amar.

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