Mulher um ser abstrato na sua complexidade, nas suas fisionomias e nas suas sensibilidades.

Cada uma tem o seu encanto, a sua beleza na forma estética dos olhos observantes. Um puzzle de emoções a sua sentimentalidade. Vários são os caminhos especulativos que podemos transcrever em palavras ou sensações. Mas tudo que se escreve ou descreve sobre ti, nunca é comparável com o que se sente por ti. Não quero nem nunca farei analogias sobre aquilo que és, o que verdadeiramente existe dentro de ti como ser espiritual. Apenas sou um pobre comum mortal encantado e apaixonado por cada gesto e cada traço feminino. Tu és a razão das minhas palavras, a terra onde semeio as poesias, és o cálice que bebo o vinho que produzo na base dos sonhos dos teus desejos.

És recetiva na eloquência dos sons sedutores do criador, a fabricadora de sonhos galácticos, a tecedora de pensamentos excitantes e que vês nas sementes um espelho de cumplicidades.

Sentes as forças da obsessão, as perigosas adrenalinas que modificam teu corpo pelas tentações vorazes do meu sabor.

Ultrapassaste barreiras em ti que desconhecias existir, cultivas na tua alma prazeres de escravas insaciáveis pelo cio. Cada segundo que passa alternas sucessivamente o teu rastilho. Iniciaste tudo num simples fosforo, mas os fetiches entraram silenciosos e hoje espetas tochas nas fogueiras acesas.

Cavalgas no cavalo surreal, não a fugir de mistérios, mas sim na procura de desvendar os segredos. Estás possuída em cada caminho que palmilhas a trote, neste jogo sem regras e sem limites.

O diabinho dos pecados imorais corroeu com calor tuas veias, é uma corrosão desavergonhada, mas estás disposta a disparar o gatilho dos prazeres.

Entraste no teatro dos sonhos e deixaste as realidades da perplexidade e estás decidida a desafiar a lei do batismo impuro.

Não vives a cupidez, mas a fúria assassina do desejo de sentires os suores formigantes das contrações vaginais. A energia angelical de presenteares teu clitóris com as minhas caricias subtis, de suplicares os puxões de cabelo nas estocadas que consolam teu íntimo corporal.

Imaginas as invasões de teu corpo sem permissão pelos toques suaves da minha guitarra, as mordidas e trincas nas orelhas numa serenata tântrica. Para ti não interessa o local deste jogo erótico a rasgar almas, pois no fim ele será sempre sagrado eternamente.

Fechas os olhos e imaginas o viajar da língua impregnada de perfume atraente no beijar de teus pés, as vibrações na exploração dos atalhos da tua euforia sexual e nas agitações enlouquecidas das ondas de teus seios.

Talvez cogitações de suplicas dos pensamentos na necessidade de libertar energias oprimidas, talvez cobiças atrevidas de respirações ofegantes, talvez.

Mas, pensas à velocidade luz sem juízos nas confidencias, tudo em ti são sambas de línguas, tateares de excitações e cavalgadas heroicas dos sexos sem pudores.

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