Crueldades da humanidade…

Crueldades da humanidade…

Os historiadores catalogam a evolução do mundo em várias etapas e fases, reza a história que há cerca de trezentos mil a cem mil anos atrás surgiu o Homo Sapiens.
Segundo nos ensinam quando estudamos no período escolar, esta espécie humana é denominada por Homem Sábio e foi registado dessa forma pela virtude que a raça humana passou a ter na capacidade de pensar e raciocinar.
Hoje passados estes infindáveis milhares de anos numa viagem quase infinita de gerações, chegamos ao século XXI e conseguimos facilmente sentir pelos conhecimentos que temos, que vivemos a fase geracional dos humanos como a mais inteligente de sempre.
Aliás, já nos preparamos para uma nova era: a inteligência artificial.
Tudo sabedoria, tudo conhecimento, tudo inteligência, tudo capacidade de raciocínio e poderes de decisão que nos distingue em muito dos outros animais.
Mas somos mesmo isso tudo? Teremos verdadeiramente a capacidade de raciocínio racional?
Ou seremos uns seres com distúrbios sem fim?
Na simplicidade de uma análise, somos uns otários convictos com um défice enorme de valores positivos assentes em alicerces de vários sentimentos como a caridade, amizade, partilha, sensibilidade, amor ou apenas humanidade.
Não devíamos saber se são curdos, se são sírios, se são negros, se as fronteiras são as desenhadas em mapas de jogos de poder, se são homens ou mulheres, mas devíamos sentir que não temos fronteiras da vida para além da terra e que todos aqui somos seres humanos.
Ligamos as sirenes de alarme, para estarmos preparados para desassossegos reais, para os medos dos horrores, para os estouros atordoantes das bombas que se encarregam de nos transformar em cães assustados e acabamos nos desfiles das procissões de mortos.  
Parques infantis são substituídos por carroceis da morte com crianças amedrontadas nos gritos da brutalidade imoral. Os velhos tratados como moribundos com o barulho da fome, da miséria nas ravinas de cemitérios a céu aberto. Os homens e mulheres decapitados, violados pelos distúrbios interiores dos mandantes inteligentes que presidem nas nações super desenvolvidas, conspurcados pela imundice das instituições internacionais, que se julgam os paladinos da verdade, como se fossem administradores de fábricas de venenos com o propósito de hastear uma simples bandeira no umbigo.
Estilhaços caóticos, torturas animalescas, assassínios imorais, solidões sem lei, matadouros de sonhos, injeções da matança, horrores dos horrores que incendeiam a própria vida de raivas com mais ódios.
É neste sorteio de morte que vivemos, dependemos apenas de onde nascemos ou onde vivemos, para evitarmos sermos esfolados vivos, sentirmos a alma com chamas de dor, termos os corações manchados pela vampirada de sangue e por estes animais famintos de brutalidade.
No fim das guerras, no fim dos milhares ou milhões de mortos, os responsáveis derrotados morrem, os vitoriosos erguem medalhas sujas por crimes contra a humanidade e dão louvores aos heróis de guerra, ou heróis de merd@.
Crueldades da humanidade em que o cidadão comum não decide, apenas assiste, lamenta e sofre ou morre, numa impotência real!
Vale a pena pensar e refletir nisto…Homo Sapiens…

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