(I) mundo falso...

(I) mundo falso...

1 de abril, Dia das Mentiras, eu sei, mas acordei com desejos que tudo sejam verdades.
A vida tem poucas segundas oportunidades e as memórias dos antepassados, contam-me histórias recheadas de destruições irreparáveis. Infelizmente, atualmente, ainda existem humanos artificiais, que teimam em vestir as vestes dos cretinos sem glória, mortos nos tabuleiros da guerra.
Não quero entrar em conversas desencontradas, nem escrever tristezas cruéis da humanidade, que teimam em andar em roletas russas e com as bússolas desgovernadas. Quando escrevermos sobre as vidas destes “todo-poderosos” sem escrúpulos, serão escritos nos cadernos manchados de sangue e com a linguagem dos mortos.
Como disse, mesmo sendo 1 de abril, quero falar de verdades, mesmo arriscando serem castelos frágeis, ou quiçá, tornar-me num esquimó perdido no degelo dos polos.
O Adão e Eva também fizeram confissões ao diabo, usando o pecado mortal da serpente, mas não foi por isso que deixaram de viver no paraíso.
Porque não sabemos fazer deste mundo, um paraíso, mesmo existindo o pecado?
Não tenho respostas, nem voz de anjo para gritar a todos os recantos da terra. Mas gostava, de cantar que não temos necessidade de sentir pesadelos escondidos nos cérebros, só provocam doenças mentais e, portanto, deveríamos viver em prol da paz e da harmonia.
Acordei assim, com ânsia de um dia diferente, com verdades.
Vou dar corda à fantasia, construir aviões de papel e largar sementes em forma de corações, para florescer o Amor, mesmo na escuridão das trevas. Usarei palavras gentis, elas têm ecos de carinho, são como abraços em sorrisos virtuais e quero fazer delas um dicionário infinito de felicidades. Vou tocar todos os sinos, arrebate, com baladas impregnadas de símbolos da paz, até abafar definitivamente as sirenes dos sons da guerra.
Não peço muito, apenas um dia de verdades, talvez até sejam sonhos descabidos, ou um cancro progressivo nos meus pensamentos infinitos, mas ambiciono olhar nos olhos de cada ser humano e ler o quanto são felizes.
É Dia das Mentiras, eu sei, mas deixem-me ser um ilusionista utópico e recriar um jogo de espelhos onde os inimigos se refletem como amigos, mesmo sabendo que vivemos num (i) mundo falso.

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