Insano fétiche de casada…
30 de Janeiro, 2020
A sensação é de um salto brutal sem paraquedas na imensidão aberta, um mergulho profundo no mar límpido pelos reflexos do sol.
Sensações estranhas, pela tua ousadia armadilhada. Surges do nada, pela ponte imaginária, entre as cortinas de fumo, como uma deusa nua, a tocar o trompete do cio. És um fascínio sem rosto coberto pela máscara pintada de erotismos para momentos épicos. Na mão carregas o champanhe gelado, que faz ressuscitar liberdades dentro do cérebro deste advogado do diabo, com as veias alcoolizadas pelos desejos.
Ousada, atrevida de olhar diabólico, não sei a tua principal intenção, até ele aparecer em cena de dentes cerrados. Tudo juízos sem lei dos teus fétiches desequilibrados para brincadeiras de amantes, loucuras que almejas perpetuar para sempre nos arquivos de escárnio.
Agarras em nós, que arrastados como crocodilos rastejantes, num ritmo frenético rasgas as nossas roupas e atiras-nos para a cama carregada de demónios da luxúria com a sua escrava prófuga.
Incarnas numa serpente com asas, nós em otários famintos preparados para uma guerra aberta de brutalidades dos sexos, um choque de titãs para aventuras descontroladas até os músculos ficarem retorcidos. É isso que suplicas veemente, penetrações ferozes sem pudor, línguas carregadas de saliva sem fôlego, tesões desmedidos, explosões de sémen nos teus buracos do prazer. Despertas os bois, mas tu és uma domadora de feras, uma assassina de machos que com ressonâncias dos teus gritos rasgam os lençóis da pocilga, em sintonia com as estocadas assombrosas do teu marido. Perdido, nesta dança desenfreada faço de ti uma lambedora de sexos, que contracenam com os mergulhos do pénis dele, na tua vagina. Pareces uma meretriz de joelhos, mas não páras até eles ficarem esfarrapados e delícias o meu másculo tesão, com os teus lábios delirantes. Esbofeteamos as tuas nádegas, lambemos a tua fornalha acesa, acariciámos os lábios vaginais e ouvem-se os vibrantes gemidos do tocar arrebate do clitóris.
Sentes os golpes das pancadas dilacerantes da dupla penetração simultânea e possessa gritas efusivas glórias como uma triunfadora louca. Os odores dos vícios encharcam a nossa pele, as paredes ficam todas ressoadas com as poças de orgasmos e cuspidelas até ao teto das hormonas masculinas que fazem estilhaçar com estrondo os magistrais espelhos embaciados.
Nesse momento, sinto a morte a bater à porta da razão, um instante gélido, um vazio infinito na alma, que transpirado num ataque de pânico, acordo com a chapada ilusória do pesadelo.
Afinal, tudo não passou de labaredas de um sonho, vicissitudes da imoralidade criada pelos pensamentos invasores e insanos dos fétiches de uma mulher casada.
Respeite os direitos de autor
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