Jogo da vida...

Jogo da vida...

Sou apenas um simples grão de areia envolto num sopro de vento numa tempestade no deserto. Poeirenta e repentina, mas que pode a qualquer momento ser fatal.
Um jogo de cartas jogado às cegas, em que o meu adversário pode ser o nada do momento, ou o esplendor da dominação. 
Mesmo de olhos bem abertos, posso ver menos do que vendados, basta querer ver para acreditar e não acreditar nos sonhos.
Sem a magia da imaginação perco o entusiasmo de sonhar.
O limite está muito para além do meu alcance visual, a vitória está por vezes assente nas derrotas, mas é o destino que me conduz e ilumina.
Umas vezes dominador outras vezes dominado, mas sempre consciente que a domação, é a arte muito mais abrangente que o poder do dominar.
Ser domado pela entrega intrínseca numa forte paixão de sentir o prazer na mistura de sentimentos fortalecidos no interior, transforma o momento sublime.
Não preciso de ver para crer, preciso sempre de sentir neste jogo obscuro o bater do coração, por algo mais forte, sentir apenas que tu existes.
Sim tu! 
Mulher que dominas, que baralhas e jogas as cartas, que arrebatas ilusões, que fazes tocar dentro de mim os sinos do desejo e envolves a vontade de viver.
Cada segundo conta, neste relógio intemporal, mas de mãos dadas e entrelaçadas sinto teu calor impuro e imoral.
Belisca parte de mim, para sentir que todos os pensamentos não são apenas vazios ocos, mas verdadeiros sonhos reais, nesta vida percorrida e contínua.
Beija meus lábios sequiosos de entrega, liberta minhas amarras, abre meus horizontes
na certeza de que viverei contigo sempre no coração.
Neste puzzle da vida, apenas quero um dia poder exaltar o prazer que me dás sempre que sonho ou penso em ti.

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