Mensageiro de emoções...

Mensageiro de emoções...

No encanto deste planeta existem histórias e versões de feitos gloriosos, de povos, gerações e civilizações que se prolongam para a eternidade através de registos escritos ou memórias que levam as lendas e os fascínios de boca em boca.
Uma das civilizações antigas associada às primeiras culturas, aos inventos esmerados, aos míticos deuses e deusas olímpicos, é a Grécia antiga que inicialmente se autodenominavam por Helenos.
Diz a história que este povo sábio, criador de misticidades, doutrinas e fascínios até aos nossos dias de hoje e que leva os pensadores modernos, os filósofos, os teólogos ou os meros criadores de desejos como eu, a olhar muitas das coisas nos pormenores mais líquidos da sua simplicidade.
Adoro ver o infinito, admirar o horizonte longínquo, olhar e sentir a tua beleza de mulher livre e despudorada de preconceitos que comigo caminhas lado a lado, de mão dada nesta nossa caminhada de pés descalços a sentir a areia macia e a água fria do mar.
No silêncio da noite, na maresia inalada da brisa, no bater suave das leves ondas da descida das marés, vemos nossas sombras esbatidas na areia fina transportadas pela luz intensa e forte da noite luar.
Nas nossas trocas de palavras, em conversas carinhosas e beijos com lábios salgados, nossas mãos quentes e suadas contrastam com os pés frios e molhados, mas é nesta absorção de energias a dois, que florescem os nossos sonhos do amanhã.
Numa batida sentida por meu pé, não somos capazes de imaginar a ternura e o amor trazido por este mensageiro de vidro, a garrafa que acabo de pisar.
O vidro transparente de outrora, está agora fosco e esverdeado pelas léguas percorridas nestes oceanos infinitos, como se fosse ainda o vidro virgem inventado pelos mesmos que criaram o que contém no seu interior, o papiro.
Tudo criado pela civilização grega, juntos nos ajoelhamos como se estivéssemos a louvar no altar da adoração no palácio do monte Olímpio.
Nesta examinação minuciosa, retiramos delicadamente com mãos de veludo do seu interior a folha de papiro, onde estão alinhadas as palavras feitas de caligrafia romântica.
Um manuscrito de emoções, de desejos e sonhos transladados do coração apaixonado através da tinta da pena na mão do mensageiro, talvez para além do infinito, mas agora em nossa posse.
O papiro liberta o perfume da sua origem, o caule da planta parece coexistir ainda no interior da garrafa, perfumado e levados pela curiosidade tento iniciar a sua leitura iluminados pela lua que partilha esta trilogia cerimonial celeste.
A estupefação e incredibilidade penetra de forma hostil a minha entidade consciente, que até minha sensibilidade fica hipnotizada, meu rosto facial boquiaberto e meu subconsciente pensativo quando acabo de ler o manuscrito papiráceo:
"Sou sensível, romântico, intenso, sonhador e um apaixonado pela vida. Juan - Criador de Desejos 1.100 a.C.".
 
 
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