Mulher...

Mulher...

Sentado, com as fronteiras abertas do pensamento e sem limites na imaginação, tento espreitar com ilusão o paraíso mulíebre.
A linha do horizonte é imensa, vai donde o céu toca o mar iluminado pelas estrelas, até à imensurável beleza da sua perfeição. Esforço-me em inalar o perfume da sua alma, é como abrir uma pedra filosofal para a minha mente, de forma que os sentimentos respirem meditações e germinem sensações que perdurem eternamente, grudadas à minha sensibilidade.
Cativado pela luminescência da sua ternura, olho tudo em redor e mesmo sem a ver, vivencio constantemente a sua presença e deixo-me inundar pelo encantamento viciante de inspirar ecos nas palavras.
Ela, é a pauta onde escrevo sussurros, a guitarra onde vibro gritos de poemas e comungo a exultação aos quatro cantos do universo. É a razão de tudo, desde a motivação, aos banhos da metagaláxia dos sonhos, à envolvência emocional que sela na alma a legitimidade da ambição em desejá-la.
Sempre fui este menino apaixonado, nasci assim, amantético da grandiosa nobreza feminina, da sua representatividade imaculada, como símbolo das deusas que deslumbra histórias épicas aos trovadores do passado e utopias aos poetas do futuro.
O rasto dela é de virtuosismo, de formosura, de fêmea, suspirada pelos homens no altar das excitações, fruto do calor arrebatador e que, faz galopar nas veias o motor da paixão descomedida.
Posso ter tudo neste encantado Planeta Azul, mas sem ela não existia o embrião da vida, nem os hinos dos deuses eram cantados pelos sopros dos corações enamorados.
Sou sensível, romântico e na minha coragem destemida, idolatro com empolgação em cada sílaba o amor e arrisco descrever como rebolam as células da jubilação contagiadas por ela. Até nas poesias mais eróticas, componho com os arrepios deste corpo devoto e servo à excelsitude da sua infinita essência.
Quero ficar aqui, perpetuamente sentado, a mapear os labirintos dos seus mistérios, admirar o seu paraíso, a deixar-me embriagar com as carências flamejantes, na tentativa de decifrar cada gesto incondicional e descrever cada silêncio com a magnificência das suas emoções.
A bênção deste admirável mundo, és tu, Mulher…

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