Pensamentos desiguais...

Pensamentos desiguais...

Não tenho a verdade absoluta do mundo, mas quando me exprimo apresento sempre a minha verdade, pelo menos a que acredito. Até posso estar errado e se sentir que estou, mudarei, até porque gosto de questionar o porquê das coisas.
Dizem que só não mudam os burros!
Não vou fazer nenhuma epifania através das palavras que transcrevo, mas ao menos elas tenham o dom de remexer consciências e fazer alguns pensarem.
Dentro de muitas cabeças o silêncio é retumbante, as ideias são desorganizações organizadas, mas o que conta são os gestos, as atitudes, esses não podem ser construídos em alicerces de desonestidade honesta.
O mundo atravessa uma fase perigosa, bipolar, em que os extremismos ganham força e em que cada um dos lados sente a razão na totalidade.
A desumanidade humana é como um martelo pneumático, que bate, bate e que acaba por provocar traumatismo nos comportamentos, nas liberdades da inteligência e na sensibilidade das pessoas.
Hoje, tudo parece errado e põem-se em questão o construído pela sabedoria das gerações passadas. Ora querem retirar estátuas, apenas porque, sim, ora querem provocar ruturas profundas em temas que infelizmente não deviam sequer serem falados no século XXI.
Ressuscitam os cadáveres do racismo, da xenofobia, da intolerância, das fronteiras territoriais, com estupidificantes atos de violência gratuita, quando deviam acordar e sentirem a felicidade no íntimo por estarmos vivos e termos a capacidade de podermos partilhar pelos outros a fraternidade e o amor.
É com estranheza profunda que se dê ouvidos a estes crápulas, uns figurinos escroques e muitos deles, entram todos os dias nas nossas casas através da televisão, ou pelas redes sociais a vomitarem ódios. Vivemos com os pés em terrenos pantanosos, impregnados de morcegos em plena luz do dia, que destilam ideias ridículas e estapafúrdias. Parecem cães a ladrar com latidos graves, a adorar os aterros de pessoas mortas.
Quando as memórias históricas da humanidade são tratadas como rascunhos da inverdade, caminhamos para algo bem terrível, quiçá o inferno na terra em filas de carros fúnebres, envoltos em bolas de fogo.
Quero fazer parte de um mundo melhor, ser um peregrino caminhante na luz da fé, da esperança e mesmo a andar contra as “modas”, insisto em percorrer mil léguas a repartir compaixão.
Posso ser um poeta da ilusão, mas mesmo sentado no epicentro do dilúvio, resistirei sempre com todas as minhas forças, contra as moscas que espalham a merd@ (o mal).
Podemos ser diferentes, mas uma coisa somos todos, humanos!
Faço constantemente as minhas reflexões e tu também fazes, mesmo que sejam pensamentos desiguais?

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