Perguntei? Nem sei…

Perguntei? Nem sei…

Atrevido? Não sei, mas ousado perguntei…
Posso pintar o teu corpo? Nem disfarcei…
No teu sim! Estarrecido não abdiquei…
Entras nua e despida da alma, paralisei…
Corado e perdido certifiquei…
A beleza é fatal e tímido fiquei…
Na luz dos teus olhos, confessei…
É suor das mãos e escorreguei…
Impulsos meus eu sei…
Tu sentes, mas eu reparei…
Na tela do teu corpo decorei…
Só é permitida uma cor, eu sei…
Fascinado, por isso pensei…
Sou romântico e erótico, ousei....
No vermelho encalhei…
Anestesiado ainda tremeliquei…
O pincel deslizou, mas não cansei…
Do alto do penhasco mergulhei.
Sentes eu sei…
Nos teus lábios beijei, beijei…
Embriagado acabei…
Não com a saliva e falei…
Com os pecados da língua devorei…
O corpo e os seios alcancei…
Divinos eu sei…
Estão eretos e trespassei…
Nas vibrações deles dancei...
Com os lábios pintei, pintei…
Rotundas alucinantes circulei…
Impulsos eu sei….
Nas cortesias infinitas nunca parei...
E avancei, avancei…
Na goma dos dedos tateei…
Terapia das anestesias analisei…
É o clitóris pensei…
Na sauna do deserto aterrei…
E nos orgasmos escorreguei...
Encostei mais e demorei…
Ecografias da alma que sonhei…
Nos impulsos da pintura masturbei…
Sentimentos, que amei…
 
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