Subi ao céu...

Subi ao céu...

A escada é longa para os pensamentos românticos.
Mas sinto desejo de sorrisos de ternura.
Subo degrau a degrau com o fogo dos silêncios.
Em cada ânsia do íntimo crio espíritos cristalinos.
Nos degraus espelham audácias sonhadoras.
Fantasias fascinantes sem limites no cruzar das nuvens.
Encontro um anjo incandescente que conduz até ao céu.
Voo nas suas asas de borboleta como um nobre divino.
Para trás deixo rastos de luz em forma de estrelas.
Uma viagem com distâncias teimosas sem fim.
Passo pelos ventos celestes carregado de ilusões.
A velocidade é cruel e pareço aspirado pelo tempo.
A fadiga não se rende ao cansaço.
Bato à porta do batismo dos sonhos e vejo a autópsia da vida.
Não encontro cadáveres vestidos, nem vozes do diabo.
Apenas uma serenidade íntima nas visões que falam.
Quem abre a porta és tu.
Uma deusa de beleza perigosa e sinto-me rendido aos segredos.
Tens o olhar de alma amorosa aos olhos da idolatração.
Pedes a palavra passe, a que respondo: Amor.
Sinto os beijos de anjo molhados neste corpo de poeta.
Do raciocínio liberto toxinas de prazeres flamejantes.
Sempre fui refém das paixões alucinantes.
O coração é daltónico e não sei se és anjo encarnado em mulher.
Ainda não tomei o banho incurável.
Por isso faíscam tentações do pecado.
Faço uma pergunta inocente.
A que tu respondes que subi ao céu…

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