Acordei poeta…
Hoje, acordei a poetizar, talvez tenha sonhado com borboletas, ou quem sabe contigo, travestida numa, com asas de mil cores, por isso sinto uma necessidade insaciável em escrever palavras que tenham o dom de despertar paixão. Solto as palavras, ao vento na expetativa de receber o eco delas e tragam sussurros que abalem os pensamentos ocultos da alma e os júbilos silenciados do corpo.
Não tenho dúvidas, senti a essência do teu perfume, és essa doce Mulher encarnada na borboleta, ouço-te a chamar, a aclamar por mim, como se eu fosse o poeta dos mil encantos.
És a minha sedução inspiradora, o alimento com as vestes da nudez, que ostentam profundos devaneios e uma avidez incontida em possuir-te.
Como é reconfortante poder poetizar, como se fosse dono da razão, quando sabes que te sinto e tento descodificar os teus sentimentos. Embrenhados num ninho de afetos, tento dedilhar cada arrepio da tua pele, partilhar o afeto e ambicionar receber aconchegos que possam preencher com poesias deslumbrantes a nossa página da vida, ainda em branco.
Inspiras-me, porque és uma indescritível tentação, por vezes uma ilusão, mas não é por isso que deixo de fantasiar regozijos e que por arte mágica sejam verdadeiramente o fervilhar de muitas e novas emoções.
Podemos estar longe um do outro, algemados pelo espírito da comunhão, com a concupiscência contida dentro dos nossos limites, com a sedução a alimentar os egos, quando almejamos ostentações ousadas e devaneios escondidos nos silêncios das nossas carências humanas.
Somos humanos, frágeis, abertos ao amor, assim como a lua brilha e se reflete no mar e as estrelas cintilam no céu desejando o ar para respirar e levar-nos ao prazer que reluz. Quero alimentar-me de fascínios, crescer neles, até sentires-te uma mulher desejada e viver essa paixão para sempre. Se o sempre não existir e não for possível por inteiro, que sejam instantes que o tempo possa propiciar.
Tenho a sensação de que és uma história que só agora comecei a escrever e depois do ponto final, terá novos e infinitos parágrafos, impregnados em êxtases de orgasmos repartidos.
Não sei se foi do sonho, as nossas mãos estavam entrelaçadas, os pensamentos expostos com palavras que não morrem, nem foram ditas em vão, mesmo sendo fugazes memórias, foram sentidas e conseguiram deixar o corpo vibrante e em chamas.
Vamos viver o momento, saberemos tocar o coração um do outro e teremos instantes que o tempo nunca apagará, porque acordei poeta.
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