Apenas sente...

Apenas sente...

Despe-te mulher!
Não das vestes, mas da alma.
Sente a brisa a bater na silhueta do teu lindo rosto.
Sente o pestanejar dos desejos nas ondas do mar.
Sente o corpo baloiçar nas asas das borboletas.
Sente os murmúrios do coração nos teus ouvidos.
Sente sem permissões o erotismo do teu corpo.
Sente o teu santuário do prazer a pecar nos prazeres.
Sente a tua boca insaciável a molhar nos delírios.
Sente…
As minhas palavras mesmo nos gritos do silêncio.
Os estilhaços deste coração a espelhar sentimentos.
O respirar pulsante dos meus abraços embriagantes.
As minhas garras em cada voo livre sem limites.
O fervor dos incêndios desta alma que te venera.
O êxtase do meu sangue a salpicar para cada poro teu.
Despe-te mulher!
Não dos sonhos, nem dos desejos.
Sente o palpitar de cada atrevimento mais íntimo.
Sente as labaredas do amor a consumir o teu corpo.
Sente a paixão de quem te ama perdidamente.
Sente cada sonho com os cinco sentidos refinados.
Sente os desejos a envolver os arrepios da tua pele.
Sente…
Os meus dedos a deslizar na revibração do teu corpo.
O serpenteio da língua na ânsia compulsiva dos teus seios.
A nudez das carícias das sementes do meu amor.
As excitações incontroladas sedentas de castigos supremos.
As fantasias sacanas e perversas deste corpo endiabrado.
O feitiço do perfume suculento dos meus orgasmos.
Apenas sente, deusa mulher…
 
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