Confidências na cama…

Confidências na cama…

Abri a caixa de pandora para a alma poder respirar um pouco, precisava, andava sufocada pelo corpo confinado no sanatório.
E aqui estou, deitado a olhar para a ampulheta do tempo pousada na cómoda, a pingar areia grão a grão.
Pareço uma marioneta na cama, comandado pela mente indecente, submisso à imaginação para voar contigo em labirintos pecaminosos.
Confesso que gosto de fantasias eróticas, de estimular perversões obscuras, de sentir-me desgovernado pela cegueira sexual e atiçar o ego a limites febris.
Com delicadeza nua, crua, os silêncios falam comigo e exortam promessas provocantes.
Extremamente obediente às carências das hormonas masculinas, deixo-me consumir fervorosamente pela tua pseudo-ousadia feminina, que se converte em vícios privados e que saciam desejos.
Chego a desejar que entres pelo quarto, numa nudez exacerbada, travestida em santa desinibida e com a arrebatadora boca pronta a ser devassada. Ela, (boca) tem aspeto doce, de contornos atraentes pela simbiose dos lábios e na certeza de uma coragem audaz para aventuras. Que vontade desenfreada de entrar em jogos de saliva com ela e de a escravizar com o sexo, até saborear os seus orgasmos.
Talvez esteja a intimidar o diabo com tantos pecados, nesta desavergonhada vergonha da minha imaginação, que teima em esfarrapar malícias e lamúrias masturbadas na solidão.
Falo sozinho, faço da cama um palco sem escrúpulos nas orgias mundanas, alimentado pela fogueira das amantes descontroladas. Nem sei se pode ser considerado insultos ao Belzebu, esse mítico figurino, que vocifera palavrões apimentados com gemidos selvagens, como se fossem delírios codificados.
Não quero ser masoquista dos prazeres, mas revejo nas tuas seduções, improvisos de posições de acoplamento e chego a atingir tesões vigorosos, com ânsia de fornic@ções dilacerantes.
Quiçá, prosas incendiárias e ilusórias com os lençóis que cheiram a suores perigosos devido às confidências na cama.

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