Desejamos sentir…
25 de Setembro, 2019
Caminho nos silêncios nevrálgicos desta floresta de encantar e sinto todos os mistérios escondidos nos soluços palpitantes da sensibilidade interior.
Os vendavais de estrelas, as músicas no ar tocadas pela brisa suave nas folhas douradas, os carreiros de formigas que gravitam e os cupidos a espetar setas nas árvores.
Sem medos descabidos absorvo da atmosfera, impulsos de amor, talvez incutidos por este bosque virgem que traça sentimentos de ilusão.
Sinto o céu perfumado por um anjo em que as asas são o seu sorriso e que faz voar imaginações, pego num pequeno ramo e desenho no chão um coração como nos tempos de criança na areia do mar.
A delicadeza do trotar do cavalo branco, é montada pela deusa da sedução, com um vestido branco puro e com o olhar de cristal que reflete malícias ousadas e que incendeia o lado ardente da minha mente.
Salivo só em imaginar o cardápio dos selos de beijos, as posições corporais transpiradas na sua cândida nudez.
Prostrado perante tão linda mulher, desces do cavalo na suavidade das palavras do poeta, com sussurros nos olhares e pelo toque na tua mão, invades com passos voadores as melodias de amor da tua mente erótica.
Fascínios sem rosto, mas que causam borboletas no estômago, neste descarrilar de emoções de desordens misteriosas.
Trazes ao peito mil cadeados de fogo ardente, mas sou o único com a chave da verdade.
Caímos no centro da gravura do coração feito no chão, que será a nossa cama em chamas e onde bebemos os prazeres da fonte com aromas de rosas.
Desnudada, pinto com a saliva em cada poro teu os latejares do meu membro e bebo as histerias dos teus seios ao rubro. Estremecemos com os tremores dos rostos de felicidade, com as carícias traçadas das línguas e pelos pulos ofegantes do bater dos corações, como se fossem pedras vulcânicas quentes.
Os abraços escrevem nos vermelhões da tua pele, súplicas de masturbações do ego e o teu corpo solta-se anestesiado para as investidas intensas.
Os dedos abrem a tua vagina aos entusiasmos da delicadeza, que molhados passeiam pela suavidade dos nossos lábios impregnando o odor do prazer. A língua degusta cada recanto do clitóris aceso em faíscas prontas a implodir libidos de mel. Os teus gemidos e uivos ecoam entre as árvores como se fossem mandamentos para fortes sensações e és rasgada pelas penetrações impetuosas da espada do príncipe. Os nossos sexos são verdadeiros heróis gladiadores nas cavalgadas sumptuosas dignas de contos de fadas e os nossos orgasmos formam lagos para os cisnes brancos nadarem.
Entramos na espiral da loucura e as nossas almas regozijam júbilos numa montanha-russa vertiginosa.
Embriagada pelas carências abres as nádegas à língua possuída pela avidez, és salivada, acariciada e venerada no ponto apertado dos teus receios. Na delicadeza da paixão és invadida no epicentro anal pelas minhas hormonas quentes, deixando a tua aura interior rendida.
Trémulos, com sabor a tâmaras doces nas bocas, continuamos a desejar sentir as alucinações desta gaiola de sonhos.
Respeite os direitos de autor
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