Desumana solidão…

Desumana solidão…

Muito se estuda nas cabeças mais pensantes da humanidade, sobre a vida humana.
Fazemos suposições por vezes baseadas em pequenos detalhes ou pormenores muitas das vezes invisíveis a olho nu.
Não sou cientista nem os seus ratos que servem de cobaias. Não sou inventor, nem muito menos um profeta salvador. Talvez seja um crente na humanização interior do ser humano.
Mas o tabuleiro deste jogo que chamamos vida não é um jogo de xadrez feito de rainhas, reis ou bispos. É um jogo real feito de peões, em que as peças são os sentimentos.
Crueldades, deslealdades, maldades, muitas poderemos encontrar no sentido depreciativo das palavras. Contam como sete os pecados mortais.
Fomos desenvolvidos de um simples embrião, um ovulo fecundado, uma luz de vida.
Não sabemos o que seremos, mas sabemos aquilo que queremos ser.
O ser que no infortúnio das agruras da vida pode não ser aquele que desejamos ser.
Muitos caiem prisioneiros e escravos da solidão e vivem num deserto sem areia, mas todo ele carregado de pedras.
Somos humanos em homenagens sentidas, em felicidades imorais, moralistas de falsidades, quando devíamos possuir a sabedoria da humildade.
Tropeçamos nos corpos emaranhados daqueles que sofrem da solidão, do desprezo dos outros e não temos a capacidade de dar a mão num pequeno gesto de compartilhar um sorriso.
Deixamos pegadas na lua, matamos a peste negra, desejamos explorar marte e o universo, inventamos a escrita e esquecemos que os sentimentos já existiam.
Sinto arrepios de comoção, não como atos de coragem, mas como oscilações emocionais por aqueles cujos olhares são apenas nus e crus.
Poderosos, donos do mundo nas palavras mostram-se incrédulos como se fossem puros samaritanos, mas nas ações são o gelo antártico nos calores humanos. Não são sequer capazes de ser as andorinhas dos que sentem a pele a queimar de agonias, daqueles que tem feridas profundas na alma.
Talvez preconceitos, talvez insanidade cultural, talvez.
A solidão humana, são frios sentimentos, são espelhos de morte silenciosa, são jardins feitos de labirintos de túmulos.
Devemos gritar e berrar bem alto para despertar os inconscientes da toxicidade exploradora.
Abrir os corações com os estilhaços dos que tem o ego vandalizado por não sentirem uma única palavra de afeto.
Damos valor ao pelo do gato, ao cantar do periquito, ao pestanejar de uma nova selfie, mas não vemos as consciências viradas do avesso, nem tratamos das rugas tatuadas nos rostos da solidão.
Sou apenas mais um, feito de pecados e fragilidades, mas tentarei sempre ser um criador de abraços apertados.
Em cada gesto, em cada momento, disparem revolveres não de suicídios, mas de palavras de carinho simbolizadas de amor e assim mataremos muitas desumanas solidões.
Vale a pena refletir nisto…

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