Encontrei a luz…
06 de Setembro, 2020
O labirinto da vida era escuro, tropeçava nos desequilíbrios emocionais e ficava sem discernimento na própria privacidade. Obstinado em controlar as perturbações dos desafios da ansiedade, ouvia silêncios estranhos dentro da cabeça, produzidos pelas vozes e as fúrias doentias que impregnavam depressões.
Esmorecido na sensibilidade, indiferente à vida, inconsciente da razão, sem conseguir ultrapassar a fronteira da dor da tristeza, batia em cada esquina de frente com o gigante Adamastor. Cicatrizes, talvez das sementes plantadas no passado, dos excessos noturnos, instigado pelas adrenalinas sem limite e dos romances visionários da sexualidade febril.
Em cada fotografia à mente, sentia os arrepios no cérebro, da apreensão e do nervosismo descontrolado.
Tudo punições físicas e psíquicas.
Nas lutas bárbaras da superação humana, finalmente encontrei Hemera, a deusa que personifica a luz.
Surgiste na minha intimidade, com promessas de jogos poéticos da sedução, na forma mais pura e na translúcida beleza, vislumbrei a humildade da tua alma.
Mentora na transformação para encarnar loucuras de amar, ressuscitaste a energia positiva e a intensidade das ereções do prazer.
És magnânima, elegante, de pele reluzente, abençoada na simplicidade do sorriso, uma primorosa borboleta distinta das demais. Contigo vivo uma tempestade de sentimentos idílicos, és um misto anjinho “versus” um diabinho envergonhado e deixas-me comovido no glamour.
Os nossos dialetos são ninhos de vibrações, provocações, tentações de ilusão no engenho de navegar em fantasias e que contagia a purificação da paz do ego.
Quero ser o teu príncipe, privar os olhares indiscretos, ouvir as tuas palavras de fogo, ser o combustível para imolar cios num romance à descoberta das almas na paixão.
Fazes superar-me no desânimo, na minha solidão e fazes-me viver nesta ânsia de traficar beijos, de contemplar a doçura imperial do teu corpo, de impor transgressões em suspiros e gemidos da liberdade na inocência.
Andei perdido no abismo da escuridão, a vaguear na estrada do julgamento final, mas a singularidade da essência do teu perfume, invadiu-me o coração e inspirou a egolatria dentro de mim…
Prenúncio que encontrei a luz.
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