Encontro inesperado...
21 de Janeiro, 2020
Um dia de sol, bem diferente dos dias chuvosos e frios deste inverno. Acordei com mais vigor e vontade de sair do quotidiano, para algo diferente, talvez um passeio à beira mar.
Tão bom absorver estas energias positivas da claridade espelhada nas ondas do mar, a maresia a invadir as narinas entupidas da constipação. Com este clima sinto uma liberdade ilusória de um mundo novo, um dia com um equilibro perfeito para romance no ar.
Navego em fantasias num recital de poemas, onde o palco para captar ilusões é esta esplanada movimentada no areal da praia.
Toda a envolvência é sugestiva à purificação da paz de espírito, ao bem-estar corporal onde tudo é transversal à tranquilidade para afinidades com repouso.
Neste captar de ilusões, surge uma protagonista inacreditável, elegante, com uma fragrância especial na intimidade pela ironia do destino.
Virtuosa, sensual, vistosa, de sorriso rasgado, deixa-me estarrecido devido às metáforas de coincidências com esta mulher atraente.
Não é nenhuma falácia nem narrativas deste poeta, é a mais pura das casualidades, ela é uma estrela brilhante do Planeta Azul que acaba de se sentar mesmo na minha frente. Conheço o teu rosto, o teu corpo, mas como pessoa para mim, és um mistério e sabendo que tu nem imaginas quem sou. Os meus olhares são de assédio na pura sedução, pouco discretos, como se estivesse num miradouro idílico num cenário de todo improvável. Mas a verdade é que és tu, aqui mesmo, imaculada, ar afetuoso, de aspeto rebelde e que vou tentar explorar numa conexão de desejos, até elevar a temperatura do barómetro da cumplicidade.
Desde logo demonstras ser uma mulher astuta, facilmente apercebes do olhar fixo, atrevido, mas que a tua abençoada curiosidade remexe o teu corpo em coreografias de movimentos corporais, de quem deseja arquitetar excitações. A afinidade existe nesta química de transgressões de comportamentos, sem tabus, surdos, mas que falam malícias e segredos de vícios que ambos desenhamos.
Despidos nas sugestivas cadências das relações dos olhares, na tua ânsia compulsiva, vais ficando exposta de forma irreverente nas mãos, com toques subtis no cabelo e nas coxas. Nunca fui um moralista e incentivo a cios sedentos de castigo, a murmúrios com subtileza para pensamentos mais perversos. A tua boca é um santuário sempre que mexe, condenada nas minhas fantasias a ser o fiel depositário do meu sexo, os seios, uma loucura na sua sumptuosidade que atiçam delírios. As emoções fervilham na tentação de uma relação para respirações trôpegas. Inquieta o teu traseiro remexe sucessivamente na cadeira, pela forma recíproca do alinhamento das nossas mentes, na fantasia de lugares proibidos a dois. De certeza que imaginas o que penso, enquanto imagino o que desejas, sabendo que não sabes quem sou e na certeza de saber quem tu és.
Coabitamos atrevimentos numa luta de pensamentos, com vergonhas perdidas, com sensações fortes nestes pequenos prazeres de celebrações na vida. Felicidades estampadas, desejos promíscuos, segredos escondidos, testemunhos mágicos, vou galantear-te até onde os sonhos consigam esvoaçar, neste encontro inesperado entre o ti e o Criador…
Respeite os direitos de autor
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