Guerreiro(a)s da vida…

Guerreiro(a)s da vida…

As sociedades são feitas de lutas de classes, não só entre ricos e pobres, mas também da natureza das profissões.
Uns reclamam mais ou menos que outros, geralmente fazem-se ouvir conforme o seu poder de grupo ou de acordo com a sua importância na cadeia económica, financeira e social.
Pela voz da sua ordem profissional, há muito tempo que reclamam direitos, regalias que julgam serem devidos pelos diversos motivos que apresentam.
Não me compete a mim, definir a sua justiça, muito menos quantificar valores de eventuais benefícios ou subsídios. Uma coisa sinto, que andavam arredados da valia dada pelo poder político e um pouco esquecidos da órbita da sociedade civil.
Esta pandemia, veio destapar todo esse véu e expôs a nu, as inúmeras fragilidades dos sistemas de saúde mundiais e obrigar de certa forma a uma reflexão profunda da real importância deles.
O(s)s enfermeiro(a)s.
Hoje, diria que é quase unânime o relevo do seu desempenho, o profissionalismo, a coragem, a ética e que muitos apelidam de heróis necessários.
Já no passado em situações idênticas, ou de guerras surgiram na frente das batalhas adversas e mortais para a humanidade. Aliás, muitos ainda são sobreviventes do holocausto da Segunda Guerra Mundial, que acudiram como voluntários a tratar dos milhares, ou milhões de feridos. Existem muitos mais casos com certeza, mas um nome vem à memória, a russa Valentina Efremova, que foi voluntária na grande guerra e agora com 96 anos é novamente voluntariosa na ajuda humanitária às vítimas do coronavírus no seu país.
Só tenho de vergar-me perante os seus pés e tirar o chapéu a pessoas como estas!
Fico comovido e sem palavras para agradecer o estoicismo humano, a bondade pura de alma de pessoas que se dedicam a causas, seja qual for a forma na ajuda ao nosso semelhante, mesmo sabendo que o preço pode ser a sua própria vida. Sinto-me mesmo muito pequeninho quando tenho conhecimento destas lições de vida, por pessoas de carne e osso como eu.
Neste planeta global, consumista, desumano, cruel, sanguinário, sendo apenas um insignificante peão, não podia deixar de expressar um ENORME OBRIGADO de coração, as estes guerreiro(a)s da vida, os enfermeiro(a)s de todo o mundo.

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