Intensa emoção ou intensa mulher?

Intensa emoção ou intensa mulher?

Sentado no jardim dos delírios comungo do esplendor das estrelas que brilham no céu.
Fico assim várias horas com a paixão plasmada, sempre na ânsia de sentir a miríade do brilho de cada uma delas.
Surges inesperadamente, mas deixas marcas impregnadas dentro da minha alma. Vens de azul, com segredos da rosa com pétalas perfumadas e crias fantasias magistrais dentro do meu íntimo.
Entras no planeta azul e ficas para o nosso primeiro jantar romântico.
O teu olhar é revirado, tímido e corado, mas com rebanhos de sorrisos, que nos teus lábios leio calafrios de cios animalescos.
Tudo isso são episódios passados, que iniciaram quando entraste. Hoje coabitas aqui e já não és aquela estátua acanhada, já não carregas nos silêncios com complexos as loucuras.
Já sabes como é este mundo mágico neste paraíso luxuoso, construído sem limites para bónus de gozo dos prazeres femininos. Cada segundo é feito de júbilos de pura adrenalina apaixonante.
Caminhas descalça a meu lado e entregas as tuas macias mãos às algemas da eutanásia das cicatrizes que sangravam no teu passado, antes de valorizarem a tua intimidade com as carícias de amor merecidas.
Iniciamos a dança dos credos e entramos no camarim iluminado pelas lanternas da luxúria e do pecado, onde os lençóis não são de flanela, mas de lava ardente. Sabes que reinas nos aposentos dos meus pensamentos, mas neste espaço físico nunca tiveste a chave nem a ilusão de entrar. Deixas no tapete de seda da entrada todas as tuas vergonhas de menina doce e entras nua como uma escrava digna da partilha, uma mulher abençoada pelas praxes do Criador.
Com as portas fechadas, os aromas dos orgasmos visionários das outras estrelas e os sons das donzelas famintas invadem os nossos sentidos.
Estás disponível para ser devorada pela sede voraz, pelas propostas atrevidas que o teu corpo de manteiga anseia ardentemente.
Rubrico na tua pele os meus pensamentos ocultos e autografo a tua alma com fétiches sonhadores.
Entras em transe, possuída pelo fulgor dos teus estímulos sexuais e pelo bater forte do teu coração como se ele fosse uma bomba relógio.
Lambo atrás das orelhas, beijo o pescoço, acaricio profundamente o teu corpo como se fosses um instrumento de cordas musicais. Os nossos lábios ardem em beijos com as línguas a fazer tricô da saliva, os teus mamilos vociferam espasmos, as rotinas da saliva como ondas gigantes deliciam e abafam os suspiros das vibrações do clitóris.
Mordidos pelos deuses do pandemónio, regamos o corpo com champanhe gelado e em blandícias de embalar solto estocadas impetuosas na tua vagina esfaimada. Labaredas de gemidos e uivos incendeiam os tetos cobertos por penas do diabo.
Com os pés nas poças de suores, suplicas veemente com gritos de palavrões para penetrar o teu ânus despudorado e impregnado de desejos escorregadios.
Como um animal atiçado fora da jaula, fico um louco perdido pelo tesão incandescente no estímulo anal da tua entrega. Nele, o meu sexo escava trincheiras profundas até rasgar as tuas bandeiras dos gritos de guerra e deixo tudo inundado pela água benta do orgasmo.
Possuídos pelos demónios carnais, as nossas almas continuam amarradas por correntes indestrutíveis e que suscita interrogação: intensa emoção ou intensa mulher?
Senti e vivi emoção intensa na intensa mulher…

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