Independentemente da matéria de que são feitas, desde o ferro às diversas ligas metálicas, foram sempre evoluindo ao longo dos tempos.
De tamanhos diversos, de pesos alternados de formas evolutivas, são sempre associadas à maneira obrigatória no encaixe na sua alma gêmea, ou seja, na sua fechadura.
Da enorme simplicidade dos primórdios da sua criação, aos caminhos percorridos no seu longo historial, até aos tempos mais modernos dos sofisticados cartões magnéticos ou simples toque digital.
A chave transmite poder a quem a possui, ao seu detentor, mas num mundo figurado, é muito mais que ultrapassar barreiras físicas, é o poderoso código para entrar nas emoções irracionais do sonho, na libertação dos limites ilimitados das sensações.
Dá o passo, sê ousada, despe todos os teus tabus e roda a chave da minha alma, só dessa forma entrarás no meu mundo espiritual e corporal e serei todo e apenas teu.
Depois de entrares nunca mais terás retorno, neste labirinto complexo de dilemas sentimentais, em que todas as inquietações serão apenas de prazeres incontroláveis.
Atraída pela magia do impulso, estás tão desejosa pela voracidade sexual, pelo que não hesitas e entras sem teres a curiosidade da leitura da quiromancia da minha mão.
Minhas veias dilatam, a pele arrepia, meus poros abrem na recetividade imposta pelo teu charme, minha boca é engolida pelos teus intensos beijos quentes e salivados.
Devolvo cada carinho teu com o deslizar das mãos num serpentear nos contornos de teu corpo suado, acaricio tuas nádegas soltas, enquanto beijo profundamente teus seios.
Nossos corpos dançam em frenesins bizarros, em posições peculiares de abertura total.
Coberta pelo meu corpo em cima de tuas costas, vagueio sem fim tua espinha dorsal com a ponta da língua, ao som de teus uníssonos gemidos.
Foste tu que decifraste o código da liberação, no momento que rodaste a chave mágica das emoções e agora serás escrava para sempre da dessa tua ousadia.
Incansável nas lambidelas, avanço sem arrepiar caminho até ao fundo das costas, abres as nádegas como se abrisses as fronteiras para a luxuria divina.
Imparável e sem hesitar deslizo lentamente a língua húmida pelo rego aberto das tuas separadas nádegas e só paro no epicentro do olho anal.
Lambido suavemente, aos poucos se entrega no piscar de tesão até ser cravado pela ponta da língua, soltas hóós's pela minha investida indecorosa, contorces teu corpo, até te colocares na posição arqueada para a investida atrevida em teu clitóris.
Sinto o apertar da cabeça forçada pelas tuas mãos contra teu sexo e meus lábios engolidos pelos teus bem húmidos vaginais, sinto o sabor e o odor aumentar de intensidade, libertados pelas tuas hormonas.
Sentimos o desejo partilhado, mas precisamos que seja luxuoso e majestoso para ambos e num ato incondicional oferecemos os sumptuosos sexos à provação numa posição de sessenta e nove.
Com as secreções ao rubro pela mestria de ambas as bocas, na adoração total aos divinos órgãos sexuais, faz espoletar o gatilho da excitação numa explosão de libertação dos líquidos da reprodução humana nas bocas famintas destes orgasmos cósmicos.
De mãos dadas, de olhares hipnóticos e deitados no baloiço final já equilibrado, ficaremos para sempre imersos como a chave e a fechadura.

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