Libertar os medos...
08 de Abril, 2022
A pressão da vida,
abraça ansiedades
As pessoas são guilhotinas
a decepar felicidades.
As atitudes da humanidade,
abrem brechas de desilusão
e, cansam-te a alma.
Uma borboleta, sem forças para voar
até as asas estão esbatidas,
sem cores e transparentes.
É uma apetência que ladra, dentro de ti.
Vives faminta das glórias passadas,
mas o relógio da vida está encravado.
Criaste duvidas na mente,
até da própria existência.
Envolta numa bolha sofredora,
vives no purgatória da frustração.
Com dores na alma queimada,
coberta de cinzas-negras.
Tens fome de emoções,
de descarregar as raivas contidas,
sair da luz da escuridão.
Precisas libertar as palavras abafadas
e os silêncios amordaçados.
São medos, medos de tudo
Até do nada…
Dos arrepios na espinha e,
dos prazeres ficarem aprisionados.
Os soluços entalados, sufocam,
são suspiros de fantasmas.
Até os sorrisos,
transpiram falsidade,
são desesperos inúteis,
neste paraíso de catos,
mesmo ouvindo vozes do inferno.
Deixa de mastigar urtigas que picam,
rasga a pele, mata os demónios
e derrete o gelo que corre nas veias.
Usa as chaves e destranca o coração.
Solta-te! Liberta-te!
Deixa o corpo levitar,
sê aquela mulher rebelde,
arrojada e poderosa.
Despe os trajes de santa,
veste o manto de “Put@” selvagem
e inspira novos desafios.
Deixa fluir outros horizontes,
que apimentem o desejo,
até escorrer no sangue a paixão.
Olha-te ao espelho,
grita palavrões
e escuta o espelhar dos ecos,
são gritos de revolta,
bofetadas na infelicidade.
Desprega as amarras abstratas,
usa a força interior,
ela é brutal e existe em ti.
Solta as algemas invisíveis,
enterra as depressões,
incendeia o corpo com labaredas
e expulsa as lavas desse vulcão,
sem controlo das aves de rapina.
Festeja a vida e sorri,
nunca deixes de sorrir!
Poem a alma a vociferar pecados,
pega fogo às moralidades,
elas que ardam no inferno.
Ilumina os pensamentos,
esmaga as tristezas
e vive de regabofes viçosos.
Não desperdices os sonhos, e
Só assim, conseguirás…
Libertar os medos.