Luxuria, pecado capital...

Luxuria, pecado capital...

Para os primordiais conscientes, para as mentes puras, para as almas cristalinas, existem barreiras inultrapassáveis.
Baseados na devoção da escrita, na crença das leituras, até à pregação do Criador, fazem do seu mundo uma caixa pequena e simples, onde apenas cabem limitações e sentimentos sempre a marinar em lume brando.
A liberdade de espírito, a abertura dos horizontes, a globalização virtual, sem amarras, soltas como ondas de marés violentas, transformam nossas mentes em vagabundas, em seguidores depravados do criador de desejos.
Ultrapassaste a barreira, a libertação da libertinagem, assumiste toda a tua exuberância extrema, proporcionada por mim nesta tua conversão.
Sentes teu corpo dominado pelas paixões da luxuria carnal, cada pedaço de ti está possuído pela lascívia viciante do deboche, desejas mergulhar num brinde da sexualidade extrema.
Ergue tua taça e bebe, faz a provação da dor do pecado, sente teu corpo nas chamas do inferno, solta a fúria incontrolável dos gemidos provocados pela minha penetração.
Sem perdão, apenas entregue ao castigo que agora desejas, à incontrolável sensação deste manjar dos prazeres, cavalgas teu corpo em minhas hirtas ereções.
Perdida, despida de pudores, tua alma uiva e teu corpo entrega-se nos delírios maliciosos que o meu oferece. 
Devoras e és devorada neste capítulo, em rituais milenares que ambos os sexos batalham entre si sem escrúpulos descontrolados, apenas com o fim da idolatria da luxuria.
Sem retorno, levados pelo vício cravado da tentação, entregues um ao outro como cordeiros num sacrifício macabro, juramos ficar eternamente no pecado capital.

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