Manual de amantes...

Manual de amantes...

Manual de amantes…
Somos uns loucos amantes fantasiosos, amamos abrir a butique dos desejos, fazer dos motéis os refúgios líricos e das camas os camarins do sexo.
Como habitualmente, percorremos o asfalto do pecado, até chegarmos ao paraíso das paixões e rasgarmos sem limites as fronteiras da libertinagem.
Sabes como gosto de te possuir, toda despida, unicamente de botas altas até ao joelho, ficas extremamente sugestiva e é algo que me excita para delírios magistrais.
És uma rainha obstinada por sexo, sempre ávida por doidices sem complexos, uma desavergonhada com classe e sabes que o corpo é um catálogo de prazeres.
Eu, sou este feroz monstro sexual, difícil de aguentar os calores das labaredas, com energias sem limites, que amo o pandemónio dos gritos das tentações e que nunca desisto de te profanar a intimidade de forma gigantesca.
Tens um corpo selvagem, que rasgo com delicadeza, sorvo os imponentes seios com lambidelas babadas, faço um roteiro pelo corpo, deslizando os dedos desde a boca, até encontrar as profundezas da vagina ardente.
Rastejas uma sensualidade arrasadora, berramos urros famintos, deixas-me um régulo bárbaro, com ereções esfuziantes e com o entroncar do pénis, estou pronto para diabolizar as vibrações esfuziantes do clitóris. Inalo os aromas das zonas húmidas e o grelo liberta um perfume extravagante, que chama por mim.
Entramos numa espiral de episódios, só ao alcance dos viciados dos prazeres, uns verdadeiros ogres dos prazeres e batalhamos incessantemente em miríades penetrações, até atingirmos ilimitados bónus de gozos.
Com palavras queimadas, numa linguagem escatológica, a cama é o cenário do prélio das praxes das devassidões, onde a consagração, só terminará com o pandemónio no pântano de sémen.
Abraçados numa posição 69, engoles os espermatozoides que exploram os segredos da cavidade bocal, enquanto o banquete das tuas libidos é servido na minha boca.
Com a temperatura corporal a chamar o desfibrilhador, os cheiros nauseabundos libertados pelos suores do erotismo, com estoicismo ainda suplicas para te rasgar o ânus. Como se fosse um perfurador, espeto sem piedade o membro e com golpes de bravura profundos, deixo o esfíncter todo arrombado.
Sem códigos de conduta, apenas contaminados pela obsessão, criamos uma atmosfera barulhenta, provocada pelos fontanários dos orgasmos e vemos nas sombras das paredes, contagiados pelos gemidos, os demónios a espreitarem, talvez para aprenderem as ousadias do nosso manual de amantes.

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