Mão dada a ti… estrela.

Mão dada a ti… estrela.

Morria em raciocínios perdidos com os números a rasgar a pele e sentia a fúria doentia da dureza dos cifrões que trucidavam o sono com insónias malditas.
No acordar, o espelho refletia os pânicos cravados nas olheiras do cansaço e o rebuliço do corpo a tremer em alucinações.
No dicionário da profissão vociferavam palavrões de calão, mas os mais duros eram os silêncios macabros do stress e da pressão psicológica.
Desci ao inferno, bati fundo nas agrestes depressões psicológicas.
Mas lutador, resiliente lutei por um mundo novo e saí do cativeiro quotidiano triturador de espíritos. Construi a arca de Noé, não de madeira, mas de palavras do coração e da alma.
Renascido, abri as asas ao vento, atirei a bússola ao infinito e passei a ser guiado pelo resplendor das estrelas. Fiquei um mentor convicto da ilusão de cada estrela, um vulcão efervescente nas magias românticas e sensível nas provocações e tentações que faz pulsar dentro do peito um misto anjo e diabo.
Desembarquei num mundo novo, coberto de fábulas de sonhos, onde respiro o teu perfume de imaculada e vivo alienado pelos sentimentos da tua alma e que batizei de planeta azul.
Não foi fácil chegar até aqui, atravessei as tormentas dos mares do gigante Adamastor, rasguei o corpo nos penhascos afiados, mas encontrei forças nas musas e ninfas inspiradoras.
Hoje, todos os dias passeio contigo de mão dada e voamos em aviões de papel, alimentados por delicados poemas de amor. Contigo tudo são adrenalinas luminosas pelo brilho do teu sorriso que inunda o meu corpo em banhos de luz. Os teus lábios são a nobreza dos beijos envoltos no secretismo do fogo da paixão e o teu corpo o sustento da partilha de emoções nos romances molhados pelos orgasmos.
Tu cheiras a vida, tu és células vivas, tu és o astro, tu és a mulher universal.
Dá-me a tua mão e vamos banhar o nosso vigor eternamente neste mar de rosas. Quero sentir o espírito vibrante até cortar a respiração de prazeres e sentir arrepios elevados a expoentes sem limites. Prometo que serás venerada, mesmo na tua sexualidade sagrada, nas tuas graciosas confissões e endeusarei sempre até à exaustão o testemunho das sementes da tua razão.
De mão dada, empolgamos intimidade e voamos como borboletas com asas doces que acenam
inspirações. Os nossos corações atiçam chamas ardentes do amor e transformam este mundo numa coreografia pintada das cores do empíreo.
Cada estrela brilhante arde dentro mim, no carinho, na amizade e no respeito, que quero retribuir pela fragrância das palavras poéticas, para incentivar e renascer em cada uma, os sonhos e os desejos de serem felizes.  
Vem estrela, dá-me a tua mão…

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