Melodias do sonho...
09 de Fevereiro, 2025
Os dias têm-se primado pela distância, até na virtualidade temos estado separados, tudo por razões alheias à nossa vontade, mas não é por isso que deixo de pensar em ti e em nós. Passei o dia com o candeeiro ligado, em pensamentos dos nossos íntimos momentos e isso faz com que esteja com o coração sereno.
Deitei-me cansado, mas levei-te para o edredão macio, embora o corpo estivesse gélido. Com a cabeça na almofada, com as memórias abraçadas aos pedaços dos nossos beijos, entrei no sono profundo a escrever dialetos de desejos proibidos.
Não passou de um sonho, mas o brilho do teu olhar, as vibrações do meu fitar maroto, estavam em sintonia com as palavras desgarradas dos desafios e reféns da paixão. No sonho estávamos vestidos de rastilhos da loucura e tricotamos mistérios de amantes. Nutrimos numa simbiose poética os sentimentos divinos do amor e desfrutamos do sexo por puro prazer. Penetrei-te na intimidade centímetro por centímetro, numa dança com os audíveis gemidos que se esvaíram pelo horizonte e as excitações inesgotáveis transbordaram em sismos de orgasmos.
Apenas um sonho, porque a realidade a teu lado, acordados, somos feitos do feitiço do amor e imolados pelos pecados maliciosos, rasgamo-nos sem vergonhas.
Gosto quando me chamas de poeta viciante, quando me sentes como se fosse a tua alma gémea, o teu escravo dos fétiches e quando desejas ser a minha deusa submissa.
Não são palavras, mas sim labaredas que consomem as nossas hormonas do prazer, que deixam a nossa alma a soluçar e o corpo vibrante a pingar arrepios de suores.
Sinto desejo de continuar as nossas confidências que fazem vacilar o íntimo, que remexem o âmago dos prazeres, até ficarmos intoxicados com os nossos cheiros.
Este vazio temporal, é viver em agonia pela falta dos teus sorrisos, dos clímax’s transformados em rios de líbidos, portanto, resta-me escrever poemas inspirados em ti, mesmo sabendo que são simplesmente, melodias de sonho.
Respeita os direitos de autor.
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