Pecados de amor...

Pecados de amor...

As linhas da vida carregam sigilos que se revelam diariamente, é como a quiromancia que pelas linhas da mão ativa, revelam e desvendam o futuro.
O passado recente, foi quem abriu as portas à magia através dos dialetos da atração. Foram diálogos da noite, apadrinhados pelas fantasias e a voar algemados à sedução, contornamos os silêncios dos desejos pelas libidos na privacidade.
De peito aberto a aventuras, com ânsia de vasculhar os segredos da tua alma, percebi e senti em ti o pulsar dum vulcão adormecido. Tu, na disposição de libertar o corpo da alma, quiseste desvendar que por detrás dessa máscara de mulher doce e tímida existe um lado selvagem e arrojado.
És apreciada, sinto-me o teu fã e ardo em ciúme por pensar que o esplendor do teu sorriso ilumine outros recantos masculinos.
Sou positivo, confiante, sei que enquanto a maioria dos homens, olham o corpo da mulher, os poetas sentem e escutam a sua alma.
O passo foi difícil, mas acabamos por ser aspirados para um baloiço giratório, onde os âmagos se abraçaram e os corpos se tocaram no casulo de mimos.
Acreditamos no amor, ele provoca suspiros na profundeza dos egos e como dois drogados alucinados, caímos nos lugares proibidos em enfarte de beijos.
És muito mais que um jogo de palavras, és um poço de energias incontroláveis, que me deixa com a testosterona a fervilhar e a fazer doideiras impensáveis, próprias de adolescentes. Fazes arder em lume brando, és fogueira que não apaga, és surpreendente, tens sempre mais um fósforo para encostar à fagulha e preencher carências com regozijos carnais.
Desejámos maximizar envolvências, de imolarmos os corações em chamas e na expetativa de incêndios levianos, regamos sobre nós o frasco do perfume ardente.
Aventuro-me e percorro o teu corpo despido, exploro por meio de cada toque, até cultivar em ti sensações desconhecidas. De forma carinhosa, compensas com o serpentear em mim da volúpia indomável. Com as mãos a serem labaredas e com língua de fogo, tatuas afagos galopantes pela epiderme. Sinto-me quente neste emaranhado de desvarios, com tremores que saltitam em cada segundo de prazer, deixando-me com a boca seca e a cair em tentações heréticas. É como se um tornado descontrolado, entrasse pelo nosso quarto carregado de tochas incendiárias e os ventos fortes nos levasse para o paraíso dos orgasmos.
Viciados na paixão, deitados no leito a ferver, com as hormonas embaladas na simbiose dos prazeres, deixamos os sexos aveludados, arrochados até ao osso e ainda agora começamos os pecados de amor.   

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