Pecados viciantes...

Pecados viciantes...

2023, regresso ousado sem medo das palavras, pois elas apenas podem ter como consequência novos arrepios de prazer e desejos corporais a quem as lê.
És uma mulher com memórias que falam pesadelos escondidos, mas em ti, existem muitas fantasias misteriosas. Tens um turbilhão de fétiches por realizar, nesse ego coabita um veneno de víbora que transfigura o ar angelical numa hélice sexual hiperbólica e com o poder incrível para estremecer o íntimo do Criador. Possuis sangue quente, uma loucura desregulada e ouves dentro da cabeça vozes satânicas, que atiçam constantemente o vício em sentires-te atraída por mim.
Super atraente, adoro idolatrar a tua beleza física, destroças evidentemente muitos corações apaixonados, mas és muito mais que físico, és pura adrenalina. 
Sentes o regresso do poeta, sabes o quanto gosto de inflamar pecados carnais, até os santos taparem os olhos com vergonha e de usar o leito para blasfémias fantasiosas.
Tentadora, sedutora, não perdes tempo, entras numa espiral do cio, que corrói as zonas íntimas e a tua imaginação gira num purgatório de fogo.
Até nos silêncios mais profundos, ouço o teu chamamento, mesmo longe, inalo os odores da concupiscência, são tão intensos que invadem as narinas e deixam-me um gorila excitado a bater no peito.
Estás rendida a entregar a alma, a pagar com o corpo as obscenidades imorais e entramos num vulcão em erupção. A respiração é uma bomba-relógio prestes a implodir nos pulmões e nos tímpanos ouvem-se os palavrões que tocam prosas de escárnio.
Com o deleite do corpo todo nu, a cama são pedras em brasa, pareces um camaleão a mudar de cor e rapidamente estouras-me o elástico das cuecas. Sinto um baque forte no corpo, uma marrada de bisonte e sem perderes tempo com a boquinha redonda de lábios vermelhos, transfiguraste numa lambedora de esperma. As cenas em catadupa, tornam-se chocantes, com os seios imponentes contra a minha boca, abafas-me a respiração e faço dos bicos mamários um sugadouro em chamas. Os pedidos são ordens duma submissa, que ama desfrutar dos espermatozoides na boca, até os deglutir. Imploras a dor do castigo imposta pelas palmadas a traçar as nádegas, enquanto a vagina é abraçada com firmeza pelo membro enlouquecido. Endiabrada, não te fazes rogada, abres o cuzinho apertado e como um autêntico glutão, é esventrado sem piedade pela dureza pulsante do pénis. As estocadas firmes gladiam-se através dos gemidos esbaforidos, parecemos caramelos a derreter, as epidermes pingam nas suadelas de joelhos e com o bater incessante dos chocalhos destruímos o colchão. As ardências no clitóris abraçam o Satanás, soltas orgasmos em esguicho para o espelho, onde se veem refletidas as marcas vermelhas cravadas nas nádegas. Estás possessa, com os olhos revirados em branco e num misto de alienações, gritas put@rias de perversões ilimitadas. Vociferamos, esperneamos e soltamos as línguas esfalfadas pelos recônditos da intimidade. Iniciamos bem o Ano Novo, com beijos estonteantes que fazem explodir repetidamente o gozo, destes boémios sem remorsos dos pecados viciantes.

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