Raízes de mulher...
12 de Setembro, 2018
Sentado nos rochedos no vislumbre das ondas do mar, não consigo limitar o seu fim no pensamento, apenas na minha visão.
Ela termina na linha do horizonte, onde o céu toca o mar iluminado pelas estrelas da noite luar.
Mas este rochedo é como uma pedra filosofal para a minha mente, para os sentimentos das meditações que germinam em sensações que perduram na minha sensibilidade.
Olho em meu redor e sinto a tua presença constante, cativo a luz luminescente dos teus laços de ternura, o encantamento viciante que inspira meus dedos nas palavras dactilografadas.
Tu és a razão de tudo que canto, a motivação da universalidade dos sonhos, sempre numa envolvência emocional que sela na minha alma a legitimidade dos desejos.
Fazes parte de mim, nasceste da minha costela, mas és um ser muito mais nobre, um símbolo de deusas e musas que encantam na história os trovadores de outrora como os poetas do futuro.
Não existe caminho nem trilho onde não deixes teu rasto de virtuosismo pela tua formosura de fêmea nos altares masculinos, pelo calor romântico que corre nas tuas veias e que alimentam o motor da paixão.
Posso ter tudo neste meu encantador e fantasiado Planeta Azul, mas sem ti nunca existiria o embrião da vida, o candelabro dos prazeres no meu íntimo fervoroso.
Vejo teu belo rosto, teus cabelos esvoaçantes e ouço teus gemidos dos nossos convívios íntimos a cada levantamento e batimento das ondas.
Nas estrelas sinto tua luminosidade cristalina, na lua a elasticidade da compaixão de teu coração, tudo serve como trampolim nas notas musicais da soletração de cada palavra que semeio.
É para ti e sempre por ti, que as minhas redes neuronais se rebolam na contagiante astucia das células do sentimento.
Surgiste em bicos de pés, lançaste teu sopro inebriante feito de perfumes da razão e criaste as raízes dos pensamentos felinos. Soltaste as labaredas das emoções à flor da pele e que com tua coragem desmedida nas tradições racionais te tornaste a loba protetora das crias.
Cada mergulho neste mar sem fim, faz-me recordar as inundações em teu corpo e que me fazem sempre arrepiar em sensações de tranquilidade, de serenidade e harmonia.
Teu grácil sorriso sempre presente, a tua jovialidade na comunhão de todo o meu eu, nas loucuras da paixão e nas devoções de atrações a todas as poesias eróticas desenhadas no improviso.
Podes não estar fisicamente aqui a meu lado, mas tens sempre as tuas raízes entranhadas em cada poro do relógio pulsante do meu raciocínio.
Tu és a bênção deste Planeta Azul.
Respeite os direitos autoriais
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