Fé e esperança...
02 de Janeiro, 2024
O ano de 2023 já foi, voou como um sopro doloroso, uma tormenta que deixou marcas profundas cravadas nas almas e os egos mais esmorecidos pelas inúmeras adversidades.
Também tive soluços de tristeza, choros de desânimos, momentos depressivos e lágrimas de frustrações.
É nas dificuldades, que agarro seja o que for com todas as forças em busca de novas esperanças, um guerreiro que cai, mas que nunca se dá por derrotado e em nenhum momento deixa alguém para trás abandonado na estrada do destino.
Mesmo que esteja triste, amo animar, dar esperança aos corações e dessa forma consigo enriquecer a minha felicidade.
Depois da euforia das festas de Natal e da passagem de ano, é tempo de recuperar o corpo dos abusos excessivos próprios da época e meditar para os dias futuros.
Hoje o dia foi sombrio, com as nuvens húmidas, pousadas no monte e aqui estou na varanda dos prazeres, aquecido pela lenha arder no recuperador. Sentado vejo a noite a cair e as luzes acenderem alternadamente nos prédios e as ruas a serem iluminadas.
Em cada janela, as luzes parecem pirilampos, mas transmitem cenários de sonhos adormecidos e consigo perscrutar os silêncios dos receios de mais um ano difícil.
Concentrado, com os ouvidos de tísico despertos e a precisar de fazer uma introspeção do ego, coloco música nas colunas sala. Sons de piano, como se as teclas fossem tocadas pelos dedos aveludados dos anjinhos, com a intenção de encher o coração de sorrisos.
Nesta simbiose de sensações, escuto o bater de cada tecla em sintonia com as palavras da alma, como se ela fosse um espelho a refletir os seus ecos ocultos.
Imagino o ressuscitar deste mundo com mais de bilhões de anos de existência, o renascer da humanidade, com o Adão e Eva, até da serpente e da maçã do pecado, mas sem a cegueira dos otários do mal. Eles são os grandes responsáveis pela constante degradação deste planeta formidável. São meditações profundas, sem oradores no purgatório, com as cancelas do inferno fechadas e lá dentro ardem unicamente todas essas criaturas maléficas.
A música não pára e as teclas continuam a soltar melodias, como se fossem poesias do paraíso, transmitindo ao espírito uma leveza celestial. Deixo-me voar na fantasia, sem destruições, nem lutas e sem guerras ou ódios da civilização humana.
Nesta utopia, vejo cada um de nós acender uma vela, é da esperança, que iluminará os rostos de felicidade e fará retornar as gritarias das crianças, como se fossem promessas do regresso do bem-estar de todos neste mundo.
Nesta ilusão e embalado pela balança do amor, sinto o bater dos corações e deixo-me adormecer como um menino, que na sua candura acredita que tudo será melhor.
Haja fé e esperança…
Respeita dos direitos de autor.
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