Sono perdido…

Sono perdido…

Espalho pétalas de rosas pelo caminho e visto as pedras da calçada com bandas sonoras. Pego nas folhas de pauta e lanço melodias em notas musicais. Solto borboletas azuis que espalham felicidades no ar.
Tudo imaginário da mente deste caçador da tua essência, tudo fantasia invisível deste fervor profundo pela tua beleza.
Fico como um louco aqui pasmado a toda a hora que por aqui passas.
Na minha cabeça martela os ponteiros do relógio sempre no tic-tac em sintonia com os pulos do coração.
Uma rotina como os moinhos ao vento e de íntimo eufórico nos estímulos do desejo que sinto por ti.
Tu és o ardor que queima por dentro a minha alma, és uma bomba que pode explodir o meu paraíso encantado.
Eu sei disso, mas sinto-me apaixonado por ti.
Passas de sorriso aberto, com o decote profundo, és um mar tranquilo, mas que agita as imagens da quimera. És um verdadeiro desenho do céu e o teu corpo incendeia todas as minhas energias oprimidas pelo colete de forças.
Não é fácil ser um gestor de prazeres, sinto-me completamente contaminado pela obsessão e fico sem controlo.
Nas vestes de vampiro, embalo na luz do sol. A boca fica seca, as pernas a tremelicar, os dedos transpiram nos lábios e tento seduzir o teu olhar com palavras de fogo.
Os teus cabelos esvoaçam soltos no ar e as tuas sensibilidades arrepiam.
Sem despudor beijo o teu pescoço, entrelaço o teu corpo em rodopios ardentes e mostras sinais de excitação.
És o pecado desejado, o molho picante que corre nas minhas veias e pica a epiderme.
És a galáxia dos meus sonhos.
Como um galgo desenfreado salivo a vontade de beijar a tua pele suave e de fazer dos teus seios um festim explosivo.
Tento beijar a tua boca, acariciar o teu ventre, tocar e atormentar as tuas hormonas femininas, mas sinto as mãos algemadas.
Suplico por mais, grito que quero entregar o meu corpo ao teu, que quero sentir o palpitar das tuas emoções e matar esta sede de amor que me consome.
Esfumaste do nada como se fosses uma utopia do coração.
Tudo insónias desfocadas no repouso do meu sono.
Uma batalha na cama, onde caíram pingos de sémen, mas tudo rótulos de carências confusas.
Foste mais um sonho no sono perdido deste menino moribundo que germina sementes do amor.

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