Surpreso na tua cor…
01 de Dezembro, 2018
Caminho em frente na miragem do sol que se vai escondendo, enquanto nas costas se levanta a noite na escuridão iluminada pelas estrelas e a lua brilhantes.
Os aromas no ar são sempre indescritíveis para o ser comum, as fragâncias em cada recanto não são definíveis por quem aqui entra.
Tudo que me rodeia são cadencias feitas de tranquilidade, do inesperado dos sonhos, de proeminentes cenários de desejos, sempre alicerçados nos romances.
Nem sempre os climas da privacidade são vínculos de paixão, por vezes somos protagonistas despidos de sentimentos e desinibidos de confidencias e caímos em banhos de águas emotivas do cio.
Tu conheces apenas uma ínfima parte do meu Planeta Azul.
Sabes porque já foste abençoada pelas descobertas das emoções, dos episódios afetuosos da rebeldia da envolvência, dos incitamentos de rituais sexuais e do emergir na leveza do teu ego.
Já não vives de rumores, mas sim do usufruir da mestria e superação do Criador de Desejos, do degustar nas memorias o intercambio da ilusão ancorada dentro de ti.
É um Planeta especial, em que podemos caminhar descalços, em que o quotidiano é um cativeiro de prazeres virtuosos, em que a atmosfera é perfumada pelos balsamos da ternura no endeusamento do ser feminino.
Aqui, tudo renasce dos nossos interiores da fantasia, dos desejos aprisionados, mas que nosso corpo sente a terna crueldade de os comungar, por vezes apenas no banhar do mar de rosas que desagua na foz das carências.
A cama da minha intimidade é sublime na maximização das propostas, na consolidação de vícios depurados, de paradoxos extremos, mas também de exigências planeadas.
Aqui tudo é especial, feito de leis escritas e decretadas pelo coração, de loucuras dos neurónios da excitação, mas sempre intransigente no requinte empolgado dos sentidos.
Acedi ao teu chamamento, á vontade e persistência que sempre demonstraste em fazer-me navegar no teu mundo, sentir o impacto austero e severo dos olhares indiscretos, dos assédios que vives e revives pela tua beleza transcendente.
Teu quarto apenas iluminado por pequenas velas em redor de tua pomposa cama e mesmo sem te ver meus sentidos despertam para a incoerência das cores da tua lingerie, capto cheiros diferentes do meu Planeta, as cores permitas e desejadas, o preto e vermelho.
Chamas-me de forma afável com voz doce que mais próximo de ti testemunho toda a superlativa estética corporal, mas sinto o impacto da cor das tuas vestes, o roxo.
Percebo que é um cunho pessoal na motivação e entusiasmo de surpreender, tu sabes as cores permitidas e desejadas, mas entendo a incubadora desvirtuante de teu mundo.
Deflagramos numa fogueira de beijos em vertiginosos empolgamentos de caricias, de palavras poéticas de paixão que nos tocam na essência carnal.
Com requinte na contemplação dos corpos, mutuamente enriquecemos os gemidos imperiais dos nossos sexos pela mestria da entrega a cada boca.
A lucidez aos poucos desvirtua-se, as realidades esfumam-se em nuvens da disfunção sexual, que brutalizam o desejo pelas tuas palavras:
Penetra-me ferozmente! Sou uma pervertida na fornicação! A tua fêmea selvagem…
Atiçado no juízo predador, trespasso sem pudores teu canal vibrante e escorregadio que faz explodir na tua boca gritos de deleitação na libertação de energias.
Em movimentos frenéticos de asperezas escandalosas, atingimos os orgasmos anunciados pelos gritos estridentes. Trémulos nos lenções retorcidos e molhados dos suores orgulhosos, ficamos na meditação.
Os meus pensamentos ficam resignados na inconstância da cor roxa do teu mundo.
Respeite os direitos de autor
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