Aconchegos de amor...
Tudo começou num simples toque…
Das mãos, numa fusão ardente, uma mistura de sentimentos…
Perfumados pela flor fictícia, pouco importa ser plástica,
se os dedos falam e partilham química, com palavras delicadas…
O toque…
Tem o carinho e aconchega os suspiros inacabados…
Fico um vulcão, na descoberta de mim mesmo…
Dentro do peito ardem fogueiras, tentações extasiadas por beijos,
um fogo que arde, que consome como castigos de amantes…
O teu toque…
Deixa-me dominado, submisso aos prazeres…
O toque…
Dos lábios, amamos, deixamos as línguas tocarem-se,
demoradamente até, encher as bocas de salivas e,
transbordarem num lago de luxúrias…
Soltamos ganidos alegres, ousados, obscenos…
São gritos ao coração, que se imolam em labaredas de paixão…
Ainda soltamos urros, estrebuchamos, rebolamos como animais sacrificados…
Talvez nos últimos gemidos, ou apenas o início de rituais sexuais…
O toque…
Não para, continua…
Os olhos nos olhos, brindam indecências, chegamos a sentir demências…
Um reportório extenso das carências físicas…
Os hoooo’s chegam, são os arrepios na espinha, os demónios que se enrolam…
Trespassam a pele, cravam-se na carne e quando tudo começou num toque.
Um simples toque…
Até…libertarmos orgasmos, explosivos,
formigueiros mentais, são clímax’s, ânsias próprias de anjos imaculados…
Surgem silêncios, abafados pelos sussurros ofegantes e retomamos…
O toque…
Regressam os delírios barulhentos.
Serão prosas eróticas? Ou, simplesmente poesias de amor?
São felicidades trasvestidas de estrelas, que brilham,
deixando rastros, desenhos brilhantes, são corações abstratos no céu,
ouvem-se as emoções, perpetuam-se as sensações, de leveza…
O toque,Afinal, são toques,
Sim toques, em aconchegos de amor…
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