Amor próprio...

Amor próprio...

Os ecos produziam zumbidos estranhos, eram silêncios com rasgos negativos e por muito que lutasses contra a maré para superar os erros, caias numa liberdade perdida.
Bem tentavas iluminar a mente, apagar as mágoas escondidas nos segredos da razão, mas na intimidade a solidão dói.
A viveres constantemente na escuridão das sombras do guarda-sol, com o corpo estendido na areia feita de silvas e urtigas, desnudas os sentimentos com pensamentos nos beijos amargos.  Com as ideias a surgirem em catadupa, como bolas de ping-pong a baterem de todos os lados, até o vento sopra e apaga as velas da felicidade.
Tudo o que te rodeia são tromboses para a mona, as palavras dos outros, grilos falantes na cabeça, até os risos das hienas são sem dentes e acabas sempre a exsudar tristezas.
No cérebro tens uma explosão de bate bocas entre o moral e o imoral dos pensamentos e agarrada à falecida coragem, lês na alma a sentença aberta para a morte.
Toda descabelada, com as mãos a tremelicar, o corpo a desfalecer, lambes a alma para beber as lágrimas silenciosas, e sem esperanças de uma vida nova vais até à ponta do abismo.
Sem paraquedas, preparada para saltar para o infinito, com o coração pendurado apenas pela corda imaginária, surge um anjo divino.
Vestido de branco, iluminado pela luz das estrelas e enviado por Deus, salva-te com a fé e esperança de que tenhas a força para o amor próprio. 
 
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