Corpo e alma...
19 de Novembro, 2018
A forma como te mexes no encanto do momento, são tudo sinais de entrega, sinto em ti um poço de energias intensas.
O remexer das mãos, a forma como cruzas as pernas e os sucessivos toques no pescoço, indicam que algo consome por dentro.
Teu olhar é um trampolim de vergonhas, basta ver a forma como coras com o meu olhar mais penetrante e incisivo.
Gosto de instigar em ti a sensação da erosão despudorada, alimentar o teu interior pelo calor vulcânico. Manténs uma certa distancia teimosa, mas vejo no teu espelho da coragem as sombras de uma gaivota esfomeada. Sou um monstro voraz na forma como lanço o veneno, são impulsos que não consigo controlar dentro de mim, mas são genuínos, um reflexo da minha alma.
Nosso olhares cada vez mais se cruzam como se fossem mediadores de prazer e acabas por cair numa orbita de amantes do silencio.
Sentes no teu corpo emoções confusas, lutas de bravura de piratas, mas sabes que dentro de ti existe uma força sobrenatural.
És a glorificação do feminino, uma panela de pressão que consome num frenesim de vontades em roçar o jogo do inferno, como uma louca em delírio.
Cada vez mais cercada nesta corrida desenfreada de olhares, cruzas tuas pernas de forma escancarada, sabendo que são gestos que coram.
Foi o sinal do teu corpo, ele falou por ti sem tu dizeres uma única palavra.
Num rompante de eutanásia, agarro tuas mãos como se fossem um conjunto de pragas e levo-te para o tronco dos castigos, para leres e sentires o reportório dos sonhos.
As respirações estão cortantes e o casino de beijos fazem abrires os braços como se estivesses numa capela de rezas.
Mas, aqui é a lagoa dos transes onde os peixes são voadores.
Aqui é a masmorra do pecado onde vais sentir as navalhas cortantes das mãos deste curandeiro com poderes de alteza nos festins explosivos dos sinistros do sexo.
É uma fusão surpreendente nossos corpos, as chagas que surgem na pele um do outro, onde personifico numa fábrica de preliminares e tu encarnas numa serpente assanhada.
Libertos como se fossemos prisioneiros dos vícios de rastos de cheiro a sexo, caímos na cama numa devoção invejosa.
Os hedonismos de ambos soltam gemidos satânicos, a língua rodopiante na sucção dos lábios vaginais, contrasta com as tuas mamadas de engasgar. Um diabinho em delírios, como se teu clitóris fosse uma ilha de sonhos. Para ti o sumptuoso tesão é o altar do perdão dos lábios e da boca.
Instintos primitivos como se fossemos lobos famintos.
Sentes as profundezas do sexo veneradas como se fosses uma deusa, arrepias pelos estímulos das penetrações e cortas o ar com gritos de prazer que rasgam os lençóis em pedaços.
Sou uma flexa ávida na fornalha da vagina, uma tentação aos mais profundos dos teus desejos carnais.
Na elevação do momento na tua posição ajoelhada, afago as nádegas de beijos e lambo freneticamente o ânus que desnorteia os desejos impuros do teu traseiro.
Impregnados pelos sabores e cheiros da luxuria, imploras para mergulhar no teu canal anal.
No ímpeto frenético sentimos o rompimento das fontes dos orgasmos e o saquear de vez do corpo e alma.
Respeite os direitos de autor
(foto retirada da net)
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