Dás-me a tua mão?

Dás-me a tua mão?

Este é o meu mundo, que corre como um moinho feroz, que navega profundamente nos encantos das aventuras fatais e que só sabe amar de corpo e alma. Tu és a rainha dos sonhos, a princesa dos elogios famintos, a deusa dos sentidos acordados que faz disparar corações, a mulher abençoada com o cardápio selvagem dos melosos sabores dos orgasmos. Eu sou apenas um comum mortal, uma sensível bússola romântica, um intenso utópico, um sagaz animal erótico por momentos imperdíveis.
Alimento a alma com contemplações dos teus sorrisos e o corpo com as loucuras dos teus maliciosos atrevimentos ardentes.
Até podes considerar que tudo não passa de uma fábula, uma ilusão inatingível, mas sentes que é fabuloso e sabes que é mágica esta empatia cruzada pelo fascínio secreto.
Mas mesmo assim, peço a tua mão…
Quero que sintas o chão sagrado deste planeta azul, que ouças este poeta gritar no palco do teatro vazio, palavras atrevidas de mestria dos desejos. Só assim poderás sentir esta fábrica de arrepios, este espírito indomável no castigo de beijos, sentires a atração pelo pescar do coração, até seres escrava de prazeres.
Dá-me a tua mão, que espero por ti de braços abertos.
Serás uma linda flor neste jardim regado com sentimentos, onde vivo rendido ao teu fogo angelical e terás o deslumbre do corpo onde se divertem as hormonas do prazer.
Carrego no peito as acendalhas do amor, prontas as serem imoladas pelo combustível da paixão, na boca transporto a sede de beber a tua sensível intimidade e transfigurar as frustrações em momentos românticos.
Vá sente-me, provoca-me, ouve a energia deste coração arrojado e dá-me a tua mão…
Deixa remexer a excitação da consciência até acreditares que és amada, deixa o fogo da alma entrar em ebulição pelas labaredas em cada penetração carnal.
Posso ser enigmático, mas um empolgado pelo bombear do teu perfume e um amante fantasma com o rosto espelhado nas sombras. Abre as portas desta boutique de atrações e deixa-te fascinar pelo artista selvagem que vive aprisionado nos miradouros idílicos, mas com as chaves dos sonhos.
Deixa-te seduzir, respira os entusiasmos do coração, acredita nas visões da alma, profana as vontades dos pecados e invade os meus segredos, porque és a ninfa nomeada.
Dás-me a tua mão?

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