Derreter preliminares...
26 de Setembro, 2018
Deitado sobre a cama macia do colchão de nuvens brancas, seguro nas mãos o livro das poesias da minha mente. Tudo são palavras de sonhos e desejos que conquisto na imaginação e onde iludido pelos teus lindos e sensuais lábios, deixo-me cair no sono.
Tu existes, pois vagueias em cada respirar tranquilo da noite montada na sela de um belo cavalo branco, teus sorrisos de ternura esvoaçam soltos ao vento. Sinto teu espírito indomável e vejo o rasto do teu perfume em cada pegada dos cascos do cavalo deixadas pelo caminho de terra batida. Tua beleza corporal martela meu sono tranquilo, incendeia os faróis deste coração adormecido. Não passas de um sonho, mas quando acordo vejo os efeitos das excitações noturnas criadas em mim, pelo piso molhado do meu leito.
Acordado pressinto meu horoscopo amoroso aceso em surpresas, quando vejo as mensagens da manha escritas pelas canetas digitais. É uma enviada por ti, talvez a resposta aguardada aos muitos incitamentos de sedução que enviei. A resposta, é realmente tua, que em cada palavra sinto o bater das asas de borletas nas paredes do estomago. Sinto-me um menino do coro a ler cada silaba. És clara na mensagem, aceitas o meu convite e desejas atravessar as portas do meu paradisíaco Planeta Azul.
Pode ser a terra do nunca para muitas, mas para ti vão ser gavetas de beijos, vais sentir tua alma a levedar sentimentos nobres, onde abrirei teu coração com o bisturi da paixão.
Crio em mim um trilho de ideias, recrio cenários de banhos nas ondas do mar como se fossem desejos sem fim e que me arrepiam até ao osso. Mas rapidamente apago tudo com a esponja do improviso, é sem planos arquitetados, sem planeamentos, não sei ser de outra forma. Para ti vou tentar ser a caixa de beijos sem fundo, as prateleiras dos prazeres eróticos e os armários de palpitações de orgasmos arrepiantes.
Chegas batizada sem conversas de gelo, com as portas da sedução abertas, com o repicar dos sinos do prazer, teu olhar carrega a babete do cio.
Sôfregos pelos ases de copas do parceiro, somos desnudados na minha cama onde o teto é o céu aberto coberto por enxames de estrelas. A lua o nosso candeeiro que iluminará todos os pingos de suor das nossas bocas de mel.
Pedes para ser a escrava dos prazeres, queres sentir o corpo cravejado de pregos salivares e que faça teu corpo criar um lago encharcado formado pelos teus orgasmos.
Deitada de bruços, sobre o teu corpo dou pequenas trincas nas orelhas e inicio pequenos beijos no pescoço, minhas mãos deslizam suavemente pelas tuas costas macias. Meu sexo encostado nas tuas nádegas inicia movimentos latejantes, pela espinha deslizo a língua sequiosa vertebra a vertebra e em cada uma delas arrepias de forma crescente. Sinto a fome de cão em teu corpo, apenas ainda tocado, tuas mãos aligeiram a abertura das nádegas, como uma estrada aberta à corrida sem lei da língua. Leve como uma pena, salivo em círculos como se teu esfíncter fosse uma rotunda insolente e soltas os primeiros gemidos provocados pelos redemoinhos. Viras teu corpo como um convite a teus lábios, que beijo sem parar como se fossem um capítulo dum livro de mil folhas. Embriagado pelo desejo, sinto-me um anjo perdido na obsessão dos teus seios que brindam meu degustar com a rigidez e encrespar do desejo. Abres as pernas e minha boca transforma-se num demónio diabolizante que leva teu clitóris ao frenesim do carrossel do sexo. Minha língua, meus dedos, minha boca, minhas mãos, invadem todos os teus sentidos pulsantes como térmitas perfiladas a autopsiar tuas palpitações, tua identidade dos desejos. Incontrolada pelo atropelo da entrega dos meus preliminares, invades a cama com o derreter das tuas hormonas, neste ainda início da prolongada noite reféns de paixões.
Respeite os direitos autoriais
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