Desejos psicológicos…
As tuas rotinas não são as mesmas, sentes modificações interiores que não são habituais, tens o teu espírito aprisionado em emoções novas.
Acordas com tensões afetivas e sempre que cruzas com alguém do sexo masculino pressentes teus semáforos ligados no verde no desejo que seres tocada. Não entendes ainda porque tens estas carências perdidas, esta tua alma mendiga do prazer e viciada em desejos.
Por onde passas ou onde entras, tudo é perfume a odor másculo que leva teus sentidos a um estado de ansiedade, sentes teu corpo todo atraído e encantado pelo veneno do sexo e que te vai fustigando dia após dia.
Mas com esta tua resiliência nas alterações de personalidade, entras numa espiral de soberania dos sonhos, de suores palpitantes que nem as masturbações incessantes no isolamento das tuas fantasias consegues deter.
Os sinais são evidentes, a solidão do vazio nas comichões consumidoras, as ardências clitorianas, são como um formigueiro assassino que não vês, mas que apenas constatas.
Na tua insegurança da autoestima, nas constantes libertações de toxinas em ti própria, estás sempre excitada nesta overdose de desejos, que quando te fotografas numa análise imoral julgas-te ninfomaníaca.
Nestas irracionalidades do racional, pelas mutações indomáveis e sem saberes como és levada pelo instinto, acabas por desaguar na navegação da poltrona do psicólogo.
Como se fosses honrar teu dono dos pensamentos e pela forma de luxuria no radical dos promíscuos arrojos nesta batalha que travas, vais vestida eroticamente a preceito.
É uma forma de demonstrares que sabes os gostos dos homens.
Deitada no deleito sem saber vais expor todo o oculto que perturba tua mente, o que tem alterado as tuas funções cognitivas nos últimos tempos.
Em transe pelas palavras de harmonia do psicólogo, pelos aromas do incenso e pela luzerna suave do candeeiro, ficas tranquila num sono profundo.
De olhos fechados de corpo descontraído e com o intelecto totalmente aberto inicias um périplo linguístico de tudo que transgride a alma.
“Sinto uma mistura de sensações como se fossem teias de aranha entrelaçadas em desejos e prazeres descontrolados. Uma constante invasão de necessidades obcecadas de ser tocada por mãos do prazer, de sentir as línguas incansáveis na adoração a meu corpo. Sinto minha boca faminta de beijos do pecado nos pénis atiçados. Tenho que ouvir os sons estridentes das palmadas nestas nádegas indigentes até sentir os sussurros dos arrepios na espinha. Quero ter as comportas todas escancaradas e desventradas pelos dedos e tesudos membros até suplicar pelo festim do sémen em meu corpo. Quero brotar orgasmos não consolados e atiçados por minha mão, mas sim pelas estocadas esfuziantes dos suores sem escrúpulos. Exijo prazeres carnais intensos que façam minha consciência entrar em convulsões até meus poros soltar gritos de excitações rebeldes. Quero ser possuída não pelas palavras, mas sim pelos ímpetos do domínio dos desejos do Criador”.
Nem sonhas que o psicólogo é o Criador de todos os teus desejos…
Não pretendo vilipendiar tuas incúrias emoções, colocar em prática tuas encenações lascívias e infinitas da carne e muito menos avaliar o teu estado psicológico.
Sem vandalizar teu corpo perfeito e muito menos tua alma pura, mas com fortes desejos comuns a todos os mortais, desligo teu sono para uma realidade de sanidade real.
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