Destinos cruzados...

Destinos cruzados...

Dizem que a felicidade mora ao lado e que nem sempre nos bate à porta.
Surgiste como uma bela borboleta, que pousou no botão da campainha, abri a porta e os nossos sorrisos se abraçaram numa osmose recíproca.
A tua presença foi fatal e sugestiva.
Ainda lembro esse momento como se fosse hoje, chegaste como uma estrela-cadente e deixaste o rasto para momentos de júbilo futuros.
Caminhámos lado a lado, com a suavidade da leveza dos abraços, de olhares com pensamentos proibidos, próprios de dois apaixonados e com beijos enrolados, como se as línguas, fossem rebuçados. Elas, patinaram constantemente no céu da boca, dançámos como duas hélices giratórias e as palavras trocadas nos meigos sussurros aos ouvidos foram os gatilhos para os sintomas de felicidade.
Juntos parecíamos dois doidos num carrossel, ao som das melodias poéticas, fizemos do quarto o nosso palco do amor e numa simbiose de corpo e alma, dançamos numa mímica sincronizada em cima das teclas do piano. Nessa dança, não existiram os sons dos tacões no chão, pois tínhamos os pés aveludados e palmilhámos os dedos com delicadeza na pele perfumada.
Os nossos dias nunca foram vazios, mas intensamente vividos, como se caminhássemos amarrados numa teia do aranhiço da paixão.
A nossa relação ainda é como um livro aberto, com fotografias a cores dos egos envaidecidos, continuamos a soltar diariamente gargalhadas de hienas nas conversas mais acaloradas e inflamamos o desejo na ânsia de continuar a viver momentos dourados.
Neste sapateado de cisnes, tentamos fazer a gestão emocional, sem dar asas ao calendário, apenas escutamos as músicas que beijam e trocamos sugestões maliciosas, pois nem todos têm a sorte de viver os destinos cruzados.

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