Desumanidade humana...
17 de Outubro, 2020
Os pensamentos invadem o meu ser como soluços de inconfidências, não das memórias esquecidas, mas das ilusões distorcidas.
O momento é fatídico e deixa-me um incrédulo comovido pelas almas desfeitas em dores nas lágrimas, em contraste com os misteriosos comportamentos dos loucos encantados demitidos da realidade.
A mortalidade é cruel, com estrondo fatídico, castradora de sonhos, onde em cada esquina se esconde a adversidade e mesmo assim imperam as instabilidades de personalidades sem compromissos coletivos.
Sociedade evoluída assente em gerações brilhantes, que nas horas severas do destino, as suas sabedorias são balofas, a inteligência egocêntrica e a coragem meramente, vaidades cobardes.
Metáforas para definir estes figurinos desafiáveis das leis, nesta guerra não sangrenta, com elevadas mortes anunciadas, em que se acham perdidos do perigo e pintam os hospitais com desfiles da ribalta em tragédias.
Sinais macabros da pobreza de espírito, de delírios mascarados, num quotidiano incontrolável da covid, que pelas transgressões da liberdade alimentam o monstro do contágio.
Festas privadas, casamentos amontoados de convidados, lazeres das pessoas alcoolizadas pelos suspiros vadios, tiques de uma sociedade sem gestos de nobreza, escavam sepulturas e enterram sentimentos da solidariedade.
Uns com medos arrepiantes, com vidas dolorosas, com estoicismos solidários e outros com reincidências problemáticas, snobismos do ego e alianças com o diabo.
Trajetórias de espíritos, emoções divididas, vergonhas de falsidade, paralelismos do mortal e imortal e que desaguam em crueldades extravagantes e acabamos por comungar em comum as proféticas contaminações.
O vírus iniciou há quase um ano na China e mesmo assim ainda não aprendemos comportamentos.
Pensei que as mentalidades geniais da geração da era digital, pudessem ver para além do seu umbigo e soubessem comportar com amor pelos outros, mas nem com esta situação pandémica os valores morais vencem e assim prevalece a desumanidade humana.
Respeita os direitos de autor.
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