Diabruras ardentes…

Diabruras ardentes…

Passou o período pascal e as diabruras regressam ao corpo, sempre quente e intenso. Atiramos a tábua dos dez mandamentos ao mar e entramos numa correria em círculos na rotunda das heresias.
Sou rotulado de boémio, mas a minha índole é de um romântico intenso, enquanto tu és avaliada como uma santa e na realidade és uma f@dilhona atrevida.
Decidimos que hoje seria o nosso dia da epifania, onde iremos personificar tudo aquilo que somos e rasgar sem limites os silêncios dos fétiches escondidos.
Não queremos aprisionar mais o tempo numa garrafa, nem viver com falinhas mansas, desejamos é a luxúria dos prazeres, até sentirmos os corações em chamas.
Seremos uns diabinhos a irradiar não os ódios, mas a confraternização do amor, através dos desvarios sexuais.
Com as asas do diabo, a soltarmos labaredas nos olhares, a cama é a nossa pauta poética para os requintes carnais. Com as línguas tatuadas a ferro e fogo, comemos malaguetas e bebemos um cocktail explosivo, até soltarmos palavrões em brasa.
Queremos morrer de tantas loucuras da ramboiada da adolescência e iniciamos a arte irresistível da provocação mútua até o feitiço florescer.
Iniciamos com massagens corporais, aquelas que tocam profundamente o corpo e fazem a alma transcender-se até os suores entrarem em erupções nos poros.
Sem pudores, com requinte nos movimentos sexuais, enquanto te dedicas a ser uma batedora de punhet@s, faço-te vibrar os mais de oitocentos nervos sensíveis do húmido clitóris.
Contorces o corpo, soltas suspiros esbaforidos e gemidos que ecoam como forças vivas para mais desvarios.
Sem acanhamentos, recrio beijos salivados no piscar do esfíncter, intercalados com a língua de sardão nos entre folhos vaginais até soltares gritos satânicos.
Nas paredes ecoam todos os estrondos dos prazeres, como se eles fossem rufares dos tambores da guerra e os arrepios inflamados tomam conta das nossas epidermes.
Os sexos atraem-se, chamam um pelo outro e num frenesim desgovernado entram numa luta estoica, gladiando-se sem limites.
Sinto o pulsar das contrações vaginais contra a dureza do membro, que firme e hirto navega profundamente em mergulhos escorregadios. As unhas cravam-se nas costas, a gritaria dos gemidos são os alertas para inundações dos tsunamis provocados pelos orgasmos.
Berramos com as línguas em chamas, os corpos em labaredas e abraçamos a chuva dos clímax’s.
O resto do dia, não posso contar por palavras, pois não existem no dicionário calão adjetivos, nem substantivos suficentes para explicar os prazeres, pelo que deixo à vossa imaginação todas as diabruras ardentes.
 
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