Seremos borboletas...

Seremos borboletas...

Tempo não para e o momento alimenta o espírito.
Sinos repicam e as abelhas azoinam desejos escondidos.
Voamos e não nos cruzamos apenas nos encontramos.
Olhares brilham a cores e espreitam timidamente a luminosidade.
Brisa que sopra a comunhão do cupido envaidecido nos rostos.
Mastigamos silêncios com os doces sabores das cumplicidades.
Falamos e não nos ouvimos porque apenas escrevo em folhas douradas.
Suam as mãos e transpiram as línguas nas tranças de beijos.
Perfumes se misturam na seda das pétalas das flores.
Suspiros cantam arrepios de espasmos no peito, não de dor, mas de amor.
Corações se abraçam e batem asas a dançar samba.
Almas uivam notas musicais transformadas em melodias.
Juntos gritamos silêncios com sentimentos do coração tatuados na mente.
O cão arrepia o pelo com o cio e a coruja chirria.
E, somos crentes convictos na semântica das provas da paixão.
Corre o rio até ao mar revolto nas ondas de orgasmos.
Pássaros acreditam porque guiam as cegonhas nos céus.
Nesta vida que dois mais dois são concerteza quatro.
A palavra amo-te pode ser com certeza amor.
Seremos borboletas e seremos nós dois amar.
   
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